
Por : Wilson Fonseca
A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) está em plena atividade de ensaios para o III Festival Internacional de Ópera da Amazônia, que começa no dia 14 de agosto. Este ano, a regência da ópera que abre o evento ficará a cargo do novo maestro, o paraense Enaldo Oliveira, que já está ensaiando Romeu e Julieta, de Charles Gounod. Quem quiser adquirir ingressos antecipados para o Festival já pode procurar a bilheteria do Theatro da Paz.
O Festival acontecerá de 14 de agosto a 19 de setembro e os ingressos para a ópera 'Romeu e Julieta' variam de R$ 30,00 (paraíso); R$ 40,00 (Camarote de 2ª, galeria proscênio PE) e R$ 50,00 (plateia, varanda, frisa e camarote de 1ª). Já para a ópera 'La Cambiale di Matrimonio', o preço único de R$ 20,00. As demais atrações terão entrada gratuita com retirada de ingressos a partir das 9h, no dia do espetáculo.
Além de Romeu e Julieta, ópera em cinco atos, com três horas de duração, que abre o evento e terá récitas nos dias 14, 16 e 18 de agosto, às 20h, o Festival terá, ainda, concerto lírico com a pianista Ana Maria Adade e Dione Colares e Bernadette Heyne como solistas. A apresentação será no dia 15 de agosto, às 20h. E na programação paralela gratuita, o pesquisador Márcio Páscoa lança a segunda edição do livro 'Cronologia Lírica de Belém', no dia 21, às 20h. No dia 26, às 19h, Sérgio Casoy, faz a palestra 'Luciano Pavarotti Grandíssimo' e no dia 4 de setembro, às 20h, a Secult lança o DVD 'OSTP 12 anos'.
A segunda ópera do Festival é 'La Cambiale di Matrimonio', de Rossini. A montagem tem 1h15 de duração e será apresentada nos dias 27, 28 e 29 de agosto, às 20h. 'O Viajante das Lendas Amazônicas', de Sergei Firsanov, que marcou a programação do ano passado, será reapresentada no dia 13 de setembro, às 10h30. Este ano a Igreja de Santo Alexandre receberá dois concertos líricos, nos dias 10 e 15 de setembro, às 20h. Também será apresentado o espetáculo 'Carmen - Cenas Famosas' de Bizet, nos dias 18 e 19 de setembro, às 20h.
Mateus Araujo fará última apresentação no Da Paz, antes de seguir para os EUA
Afastado da Orquestra Sinfônica do Teatro da Paz desde o mês passado, o maestro paulista Mateus Araújo continua em Belém, pelo menos até outubro, quando deve embarcar para New York a convite do maestro João Carlos Martins, que vai reger a ópera Amazônia, de autoria de Araújo, em sua estreia na sala Filarmônica de New York no Lincoln Center. Prestes a voltar ao Theatro da Paz, para reger a ópera 'Vitória Régia, o Amor Cabano', de Wilson Fonseca, o maestro falou sobre sua saída da OSTP.
Um dos motivos de seu 'desgaste', de acordo com Araújo, foram as constantes cobranças para que o Governo do Estado aumentasse o salário dos músicos da Orquestra. 'Eu não tinha como cobrar profissionalismo. As pessoas não estão preparadas para serem cobradas como profissionais, se não recebem como profissionais', afirmou. Ainda segundo Mateus, quando assumiu a OSTP, em 2005, os músicos recebiam, em média, R$ 300 por mês. 'Eu nunca conseguia ter a orquestra completa nos ensaios', contou. Com Araújo à frente da OSTP, o salário subiu para R$ 600 e depois para R$ 1,2 mil, valor médio pago atualmente. 'Ainda assim fiquei insistindo, me desgastando', continuou o maestro, para quem o piso ainda está muito abaixo da média nacional.
Para ele, sua relação com os músicos da OSTP era boa. Apesar de uma informação, obtida dentro da própria Secretaria Estadual de Cultura, afirmar que os músicos teriam feito um abaixo-assinado pedindo o afastamento do maestro. 'As relações podem ser delicadas porque a função do regente é de uma certa forma cobrar. Mas cobrar por causa das exigências que a linguagem universal da música impõe, e procurar avançar nos parâmetros, cada vez mais. Tenho muito respeito pelos músicos com quem pude trabalhar. Ainda que eu não tenha sido compreendido todas as vezes, acho que amadurecemos, chegamos a um ponto de fazer música acima das diferenças', comentou.
O maestro se diz honrado por reger uma ópera de Wilson Fonseca em sua despedida de Belém. 'Devo reger, ao final do festival, a ópera ‘Vitória-Régia, o Amor Cabano’ de Wilson Fonseca, que será levada à cena pela primeira vez. É uma das últimas obras deixadas pelo Maestro Isoca e sua recriação significa a defesa da autêntica música regional e, na minha opinião, um belíssimo exemplar musical de arte-naif.
O Festival acontecerá de 14 de agosto a 19 de setembro e os ingressos para a ópera 'Romeu e Julieta' variam de R$ 30,00 (paraíso); R$ 40,00 (Camarote de 2ª, galeria proscênio PE) e R$ 50,00 (plateia, varanda, frisa e camarote de 1ª). Já para a ópera 'La Cambiale di Matrimonio', o preço único de R$ 20,00. As demais atrações terão entrada gratuita com retirada de ingressos a partir das 9h, no dia do espetáculo.
Além de Romeu e Julieta, ópera em cinco atos, com três horas de duração, que abre o evento e terá récitas nos dias 14, 16 e 18 de agosto, às 20h, o Festival terá, ainda, concerto lírico com a pianista Ana Maria Adade e Dione Colares e Bernadette Heyne como solistas. A apresentação será no dia 15 de agosto, às 20h. E na programação paralela gratuita, o pesquisador Márcio Páscoa lança a segunda edição do livro 'Cronologia Lírica de Belém', no dia 21, às 20h. No dia 26, às 19h, Sérgio Casoy, faz a palestra 'Luciano Pavarotti Grandíssimo' e no dia 4 de setembro, às 20h, a Secult lança o DVD 'OSTP 12 anos'.
A segunda ópera do Festival é 'La Cambiale di Matrimonio', de Rossini. A montagem tem 1h15 de duração e será apresentada nos dias 27, 28 e 29 de agosto, às 20h. 'O Viajante das Lendas Amazônicas', de Sergei Firsanov, que marcou a programação do ano passado, será reapresentada no dia 13 de setembro, às 10h30. Este ano a Igreja de Santo Alexandre receberá dois concertos líricos, nos dias 10 e 15 de setembro, às 20h. Também será apresentado o espetáculo 'Carmen - Cenas Famosas' de Bizet, nos dias 18 e 19 de setembro, às 20h.
Mateus Araujo fará última apresentação no Da Paz, antes de seguir para os EUA
Afastado da Orquestra Sinfônica do Teatro da Paz desde o mês passado, o maestro paulista Mateus Araújo continua em Belém, pelo menos até outubro, quando deve embarcar para New York a convite do maestro João Carlos Martins, que vai reger a ópera Amazônia, de autoria de Araújo, em sua estreia na sala Filarmônica de New York no Lincoln Center. Prestes a voltar ao Theatro da Paz, para reger a ópera 'Vitória Régia, o Amor Cabano', de Wilson Fonseca, o maestro falou sobre sua saída da OSTP.
Um dos motivos de seu 'desgaste', de acordo com Araújo, foram as constantes cobranças para que o Governo do Estado aumentasse o salário dos músicos da Orquestra. 'Eu não tinha como cobrar profissionalismo. As pessoas não estão preparadas para serem cobradas como profissionais, se não recebem como profissionais', afirmou. Ainda segundo Mateus, quando assumiu a OSTP, em 2005, os músicos recebiam, em média, R$ 300 por mês. 'Eu nunca conseguia ter a orquestra completa nos ensaios', contou. Com Araújo à frente da OSTP, o salário subiu para R$ 600 e depois para R$ 1,2 mil, valor médio pago atualmente. 'Ainda assim fiquei insistindo, me desgastando', continuou o maestro, para quem o piso ainda está muito abaixo da média nacional.
Para ele, sua relação com os músicos da OSTP era boa. Apesar de uma informação, obtida dentro da própria Secretaria Estadual de Cultura, afirmar que os músicos teriam feito um abaixo-assinado pedindo o afastamento do maestro. 'As relações podem ser delicadas porque a função do regente é de uma certa forma cobrar. Mas cobrar por causa das exigências que a linguagem universal da música impõe, e procurar avançar nos parâmetros, cada vez mais. Tenho muito respeito pelos músicos com quem pude trabalhar. Ainda que eu não tenha sido compreendido todas as vezes, acho que amadurecemos, chegamos a um ponto de fazer música acima das diferenças', comentou.
O maestro se diz honrado por reger uma ópera de Wilson Fonseca em sua despedida de Belém. 'Devo reger, ao final do festival, a ópera ‘Vitória-Régia, o Amor Cabano’ de Wilson Fonseca, que será levada à cena pela primeira vez. É uma das últimas obras deixadas pelo Maestro Isoca e sua recriação significa a defesa da autêntica música regional e, na minha opinião, um belíssimo exemplar musical de arte-naif.