Todas as vezes que balança as redes adversárias defendendo o São Raimundo, o meio-campo Michel, de 27 anos, comemora imitando o tripa do boi-bumbá de Parintins, cidade onde nasceu, no Amazonas. E na última partida da Pantera teve muita imitação para o torcedor do Mundicão, na vitória por 4 a 1 sobre o Cristal (AP), onde os quatro tentos saíram dos pés do meia. Já está mais que provado que sem Michel o alvinegro não é o mesmo.
Após a saída de Michel do São Raimundo para tentar a sorte no Paysandu, o bom futebol do time, no Campeonato Paraense, não foi reeditado na Série D. Faltava aquele algo mais. E ele veio com o atleta. Em dois jogos pelos mocorongos, já foram cinco gols marcados. Mas será então que o Mundicão mesmo a casa de Michel?
“O São Raimundo me deu a oportunidade para mostrar o meu futebol, mas é um clube como outro qualquer. Posso demonstrar o meu trabalho em qualquer equipe do futebol brasileiro. Hoje tenho a certeza que o São Raimundo está no patamar de qualquer time que possui boa estrutura, pois paga o salário em dia e a diretoria cumpre com tudo o que promete para os jogadores”, falou o meio-campista.
O atleta ainda não havia marcado quatro gols em um único jogo. O máximo que Michel já havia conseguido era deixar sua marca três vezes, em 2007, em cima do Sul-América (AM), quando defendia a camisa do Fast Clube (AM).
Segundo o jogador, o alvinegro é uma das poucas equipes do Estado que sabe usar a força do seu plantel como a grande chave para sair de campo vitoriosa.
“Estamos voltando a reeditar aquelas atuações do Paraense, pois estamos tendo um bom toque de bola. Daqui para frente, acredito que nosso time está pronto para conseguir o acesso à Série C. Temos um grupo unido, sem vaidades, sem picuinhas. No São Raimundo a gente tem liberdade pra mostrar um bom futebol e, assimilando o que o nosso professor (Lúcio Santarém) diz, a gente ainda pode ir longe”, finalizou.