Jornal O Impacto: Secretário, por que até o momento a Prefeitura não deu prioridade para a recuperação das ruas de Santarém?
EVERALDO MARTINS: Já estamos fazendo a operação Tapa-Buraco e, ainda nesses dias a doutora Alba Valéria vai começar a recuperar os pontos críticos de terraplenagem de ruas que não são asfaltadas. O recapeamento de ruas já começou pela Avenida Magalhães Barata e, se Deus quiser, ainda temos que organizar as coisas, porque é para ser feito no mínimo a Mendonça Furtado, a Borges Leal e a Turiano Meira, ainda neste ano.
Jornal O Impacto: Quanto ao PDT, o partido vai continuar a aliança com o PT nas eleições do ano que vem?
EVERALDO MARTINS: Esperamos que sim. Mas queremos ter certeza e, estamos trabalhando para manter essa aliança e melhorarmos. Já conversamos com o presidente daquele partido, que foi reeleito e temos certeza que vamos continuar, porque é uma união que foi fortalecedora para o PT e PDT.
Jornal O Impacto: Em relação às eleições de Mojui dos Campos, o PT vai lançar candidato próprio?
EVERALDO MARTINS: Nesse momento iniciamos a conversa com o presidente municipal do PT, o Juca Pimentel e o João Batista que é nosso companheiro dentro do Estado. Eles estiveram lá com os companheiros e companheiras de Mojui, para ver se teremos um nome para apresentar.
Jornal O Impacto: Por que até o momento o HRBA não entrou em plena atividade para atender a região Oeste do Pará?
EVERALDO MARTINS: O Hospital Regional chegou a funcionar em quase toda a sua plenitude. Por exemplo, a Oncologia e a Cirurgia Cardíaca já estão quase todas funcionando. Já tem o exame de cateterismo, mas ainda não tem a cirurgia em si da Oncologia. Já tem uma parte cirúrgica, mas ainda não tem às vezes a Radioterapia e a Quimioterapia completa. Esse é o principal diferencial dele. Além disso, ele já está fazendo com alta complexidade neurocirurgia, ortopedia, cirurgia geral e outras internações, onde tem uma UTI diferenciada para adulto, infantil e neonatal. Infelizmente não concordamos é que foram cortados serviços de atendimento ambulatorial. Nem as especialidades médicas e os exames com as terapêuticas complementares, como a fisioterapia foram cortados. Isso nós não concordamos e, estamos dialogando com o HRBA e, com a Sespa, para que retornem esse serviço, ou pelo menos abram um diálogo com a Secretaria Municipal de Saúde, para avisar o que não será possível fazer. Tem uma demanda programada e espontânea do Hospital Regional, que felizmente qualificou muito o atendimento de saúde, para a população de Santarém e, toda a região do Baixo Amazonas. Nós acreditamos que vamos continuar nosso diálogo, mas ao mesmo tempo propusemos para o Conselho Municipal de Saúde e, estamos propondo para a Secretaria de Saúde do Estado do Pará, a municipalização do Hospital Regional.
Jornal O Impacto: A direção da Pró-Saúde tanto de Santarém quanto de São Paulo já deu uma explicação convincente em relação a demissão em massa de funcionários do HRBA?
EVERALDO MARTINS: Eles não têm que dar essa explicação para a Prefeitura. Mas devem dar explicações para o Governo do Estado, à Secretaria Estadual de Saúde e para a população. Achamos um desrespeito de não terem atendido os vereadores e a população sobre essa questão. Não concordamos com as medidas e, queremos dialogar sobre elas, sobre o ponto de permanecermos contrários à medida.
Jornal O Impacto: A Prefeitura Municipal já tomou alguma solução relacionada ao aterro de Perema?
EVERALDO MARTINS: Com certeza, já estivemos lá na segunda-feira com a secretaria de infraestrutura, os técnicos da Prefeitura e da empresa responsável, o Dr. João Santos, os secretários de governo, para que a gente possa adequar imediatamente e, tomar as medidas que são necessárias para manter o aterro, com a segurança ambiental que ele tem sido utilizado. Quando o ex-prefeito Lira Maia decidiu colocar o aterro naquele lugar, ele tinha especificações técnicas, que as orientavam para isso. Estamos tentando atualizar essas especificações técnicas para manter, inclusive contratamos estudos para a Prefeitura e a empresa com consultoria especializada para que se tenham condições. O aterro resistiu a esse inverno que passou que foi muito rigoroso. Ele resistiu como aterro sanitário para melhorar a infraestrutura dele, para que possa ser de longo prazo. Com esse aterro poderemos fazer uma parceria público-privada, onde para a empresa vai servir para a produção de biogás e a comercialização de crédito de carbono, que a legislação ambiental internacional permite e, para a Prefeitura vai significar uma economia de até R$ 150 mil por mês, que a gente pode, por exemplo, utilizar, para organizar os catadores numa cooperativa de coleta seletiva.
Jornal O Impacto: E os concursados, quando serão chamados?
EVERALDO MARTINS: A Prefeitura está cumprindo a programação que já tem desde antes do concurso. Houve um determinado momento de reclamação de um sindicato que foi para a Justiça e perdeu. A Justiça não obrigou a Prefeitura a fazer o concurso, mas como temos responsabilidade, fizemos. Agora essa mesma responsabilidade se faz precisa para chamar as pessoas de acordo com a programação financeira que garanta seus salários e os direitos trabalhistas, como a Prefeitura tem cumprido atualmente. Somos uma das poucas prefeituras do Brasil que já pagou 40% do 13º salário e, em junho deste ano a Prefeitura já pagou um terço das férias dos funcionários. A nossa política salarial queremos manter antes e depois do concurso.
Jornal O Impacto: E os temporários serão demitidos a partir de janeiro?
EVERALDO MARTINS: A programação que a Prefeitura está fazendo infelizmente incluiu a chamada de novos servidores. Ela tem que incluir infelizmente o fim do contrato dos temporários.
