quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Nos jornais: subida de Dilma leva oposição a pressionar Serra

Oposição vê Dilma tirar diferença e pressiona Serra a sair candidato já

O DEM, o PSDB e o PPS vão usar as pesquisas de intenção de voto para constranger o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e pressioná-lo a definir a sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto o mais cedo possível. Ontem, no almoço em que a cúpula dos três partidos dividiram a mesa, o senador Sérgio Guerra (PE), que comanda os tucanos, e o deputado Rodrigo Maia (RJ), que preside o DEM, previram Serra em queda contínua, contra a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em ascensão constante. "É melhor assumir logo isso", aconselhou Maia, diante da observação geral de que a pré-candidata petista crescerá ainda mais com a exposição no programa partidário do PT em cadeia nacional de rádio e TV, marcado para 10 de dezembro.

Vantagem do líder cai desde 2008

Os últimos 11 meses mostraram uma tendência de queda na vantagem do tucano José Serra sobre a petista Dilma Rousseff na corrida presidencial. Nas simulações de segundo turno feitas pelo instituto Sensus, a distância entre os dois caiu de 39 para 19 pontos porcentuais desde dezembro de 2008. Nas simulações de primeiro turno não há como traçar uma linha de tempo contínua, dada a profusão de cenários com as possíveis candidaturas de Heloísa Helena (PSOL), Marina Silva (PV) e Ciro Gomes (PSB).

Tucano diz que Ciro fará o que Lula pedir

Um dia após a divulgação da pesquisa CNT/Sensus, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), concedeu entrevistas a programas populares de rádio e TV, durante os quais defendeu a manutenção do Bolsa-Família e criticou comparação entre as gestões de Lula e Fernando Henrique Cardoso no debate eleitoral do ano que vem. Nome cotado no PSDB para disputar a Presidência, Serra também comentou a aproximação do governador mineiro, Aécio Neves, outro presidenciável tucano, com o deputado Ciro Gomes, pré-candidato do PSB. "Ciro nem candidato é. E ele não vai fazer nada que o Lula não queira", afirmou. "Acho que isso é jogo político, não tem consequência nenhuma ao meu ver."

Marina negocia aliança com Heloísa Helena

Pré-candidata do PV, a senadora Marina Silva (AC) iniciou ontem negociações formais com a presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, para aliança entre os dois partidos em 2010. As legendas decidiram criar duas comissões para articular a união em torno de Marina na corrida pela sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o encontro a portas fechadas, Heloísa Helena garantiu que o PSOL não reivindica a vaga de vice na chapa a ser encabeçada pela ex-ministra do Meio Ambiente. "É um diálogo inicial sem escamotear as nossas diferenças", disse Marina. "Existe a vontade de caminharmos juntas e isso vai depender do aprofundamento do diálogo."