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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Parazão: Uma bagunça só!

O Campeonato Paraense 2010 vai entrar para a história de um dos mais bagunçados dos últimos tempos. Depois de toda a confusão jurídica, estádios sucateados e mexe-mexe na tabela, agora a situação chegou ao último nível: o estádio Olímpico Edgard Proença, que já foi considerado um dos melhores do Brasil, não está liberado para os jogos do Parazão. Assim, o clássico entre Clube do Remo e Paysandu, até então marcado para domingo (7), está adiado. Mas ainda resta uma esperança: hoje pela manhã, o Ministério Público se reúne em caráter de urgência com chefes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar para discutir a situação e, quem sabe, confirmar o jogo para o domingo. Essa reunião, segundo uma fonte, teria o dedo da governadora Ana Júlia Carepa, preocupada com os rumos do acontecimento.

“Ai que saudade da aurora da minha vida...”. As letras do poema “Meus Oito Anos”, de Casimiro de Abreu, definem um pouco o sentimento de decepção do torcedor com tantos atropelos. Os saudosistas lembram quando uma partida entre Remo e Paysandu era cercada de cuidado. Hoje, somente às vésperas da competição, é que se “descobre” que o Colosso do Bengui não atende às normas estabelecidas pelo Estatuto do Torcedor.
A reunião de ontem no Ministério Público foi tensa. Os debates entre os representantes dos órgãos de segurança pública (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros), Secretaria de Esporte e Lazer (Seel), Federação Paraense de Futebol (FPF), Leão e Papão foram acalorados. Entre tanta bagunça, uma chamou atenção. Segundo o tenente-coronel dos Bombeiros, Daniel Rosa, desde 2008 o Mangueirão deixou de cumprir as exigências propostas no Termo de Ajuste de Conduta. “Enquanto não forem cumpridas as exigências, não podemos dizer que um estádio esteja apto. Essa reunião serviu para levar ao Ministério Público a real situação do Mangueirão, e a medida foi de adiar a partida para daqui a 30 dias, quando será feita uma nova vistoria”, explicou Rosa.
Esse é o prazo para a Seel realizar as obras de adequação do Mangueirão. Acredita-se que antes mesmo da data sejam feitas novas vistorias, deixando o clássico para o dia 7 de março. Para o presidente da FPF, Antônio Carlos Nunes, a mudança é lamentável. “O estádio poderia ser liberado com restrições”. E pensar que há pouco tempo queríamos sediar uma Copa do Mundo. (Esporte - Clube do Pará)