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O ano de 2010 está pródigo em eventos climáticos extremos. As enchentes recorde no Paquistão desabrigarão milhões de pessoas. A onda inédita de calor na Rússia quebrou a safra do país. Chuvas fora do padrão inundaram o Rio e São Paulo no início do ano. E agora a Amazônia parece que entra na maior estiagem das últimas décadas. O aquecimento global também está aí. Clinton destacou como o aquecimento global deve aumentar a freqüência de desastres naturais como enchentes, ondas de calor e furacões. “A incidência de desastres naturais economicamente devastadores vai acelerar em todo mundo com as mudanças no clima”, afirmou.
Esses desastres, e seus custos econômicos e sociais (além da perda inestimável de vidas humanas), não são levados em conta quando os governos decidem postergar medidas para conter o aquecimento global. O argumento é o preço de combater o aquecimento, reduzindo emissões poluentes com investimentos em energia limpa ou diminuição do desmatamento. Mas na medida que os desastres climáticos vão se acumulando, fica também cada vez mais evidente o custo de deixar nossa descarda de gases poluentes na atmosfera crescendo no ritmo atual.
Seria bom se a expressão de Clinton sensibilizasse pelo menos os americanos que têm uma lei para redução de emissões emperrada há meses no Congresso. Como os EUA são o país mais rico e mais emissor, só com a aprovação dessa lei é realista esperar qualquer avanço nas negociações internacionais.
Por: Alexandre Mansur/Blog do Planeta
Foto: Divulgação – Clinton Global Initiative