O senador Romeu Tuma (PTB) morreu (Foto: Divulgação)
O senador Romeu Tuma, que havia completado 79 anos no dia 4 deste mês, deixa nove netos e quatro filhos, entre eles o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr., o ex-deputado federal Robson Tuma (PTB) e o médico Rogério Tuma. Ele era casado com a professora Zilda. O parlamentar morreu na tarde de hoje no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, decorrente de falência múltipla de órgãos.
O senador foi submetido no início deste mês a uma cirurgia cardíaca, para colocação de um dispositivo de assistência ventricular que auxilia o coração, chamado Berlin Heart, equipamento de metal utilizado em casos de insuficiência cardíaca.
Tuma estava internado desde o dia 1º de setembro, inicialmente para um tratamento de um quadro infeccioso de afonia, a perda ou diminuição da voz. Posteriormente, a assessoria do senador informou que ela apresentou durante a sua internação insuficiências cardíaca e renal. Tuma sofria ainda de diabetes e fazia tratamento há anos para o controle da doença e apresentava um histórico de problemas cardíacos, tendo sido submetido em 1998 a uma operação para colocação de pontes de safena.
Romeu Tuma era descendente de sírios e se formou em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). No início de sua carreira, em 1967, foi investigador e delegado da Polícia Civil, em São Paulo. Entre 1977 e 1983, durante a ditadura militar (1964-1985), desempenhou o cargo de diretor-geral do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS), antigo DOPS, o principal centro de repressão do regime.
Quando estava no antigo DOPS, teria conquistado a simpatia de militantes de partidos de esquerda por adotar uma postura mais branda com os presos políticos. "O Tuma mandava o carcereiro me chamar para ler todos os jornais. E falava para mim: 'Você não conta para ninguém lá embaixo que você leu'", afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em depoimento na propaganda eleitoral do senador deste ano. Tuma teria ainda permitido a saída do presidente da prisão para o enterro de sua mãe, dona Lindu, em 1980.
Quando estava no antigo DOPS, teria conquistado a simpatia de militantes de partidos de esquerda por adotar uma postura mais branda com os presos políticos. "O Tuma mandava o carcereiro me chamar para ler todos os jornais. E falava para mim: 'Você não conta para ninguém lá embaixo que você leu'", afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em depoimento na propaganda eleitoral do senador deste ano. Tuma teria ainda permitido a saída do presidente da prisão para o enterro de sua mãe, dona Lindu, em 1980.
(Agência Estado)
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