Fonte: Valor Econômico
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Em duas semanas, terão início as primeiras ações para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A expectativa da empresa Norte Energia, sociedade responsável pela construção e operação da usina, é mobilizar os primeiros mil funcionários da obra até o fim de maio, prazo também estimado pelos executivos para receber a licença de instalação do projeto, que será concedida pelo Ibama. Até agora, o licenciamento ambiental só liberou a construção do canteiro de obras de Belo Monte. Até dezembro, a Norte Energia quer ter cerca de sete mil funcionários trabalhando nas margens do rio Xingu.
O diretor de relações institucionais do consórcio Norte Energia, João Pimentel, diz que a empresa poderia ter iniciado as primeiras ações em janeiro, quando o Ibama liberou a construção dos canteiros, mas as chuvas impediram qualquer avanço. A partir de maio, com o início do período seco - que se estende até dezembro - a ideia é ganhar tempo.
Serão as primeiras ações práticas desde que a Norte Energia venceu o leilão para construção da usina, realizado há exatamente um ano. De lá para cá, sem ter cravado uma enxada no chão, a Norte Energia já teve de desembolsar R$ 287 milhões. Desse total, R$ 17 milhões foram gastos com operações administrativas em Brasília, onde fica a sede da empresa. Cerca de R$ 270 milhões foram aplicados em operações paralelas ao projeto. Esse dinheiro saiu do caixa dos próprios sócios, já que até agora não foi liberado o acesso a financiamento por meio do BNDES.