Um tema muito caro hoje aos estudiosos e
 pesquisadores da área de Linguística é o chamado preconceito 
linguístico. Tanto quanto outras formas de preconceito, ele humilha, 
maltrata, apequena, é obstáculo à construção da cidadania. Pode haver 
algo mais constrangedor do que você ser censurado, em geral 
impiedosamente, por “falar errado” sua  própria língua materna?
própria língua materna?
 própria língua materna?
própria língua materna?
A base dessa intolerância está na falsa 
crença, já enraizada no imaginário da população e, o que é mais 
preocupante, da maioria dos professores da área, de que há uma 
extraordinária homogeneidade no uso da Língua Portuguesa,
 o que não é verdade. A própria convivência social do dia a dia está a 
demonstrar que diferentes grupos fazem uso do mesmo código linguístico 
guiados por diversas particularidades. Essa dimensão agiganta-se quando 
se consideram as variedades lingüísticas dos falantes dos diversos 
bairros da cidade, dos municípios, mesmo dos mais próximos, de outros 
estados, de outras regiões, enfim, não dá para arrolar toda a riqueza de
 falares que coabitam sob o manto do português falado no Brasil. Nesse 
heterogêneo universo, a vertente culta da língua, por tradição e razões 
políticas, é apenas uma variedade a mais, ainda que socialmente 
prestigiada.
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