terça-feira, 28 de agosto de 2012

HOMEM É QUEIMADO VIVO EM CASTELO DOS SONHOS


O agricultor Paulo Sérgio Pereira da Silva, de 32 anos, acusado de matar o enteado de quatro anos, foi espancado e depois queimado vivo em praça pública, na madrugada de domingo (26), por moradores do distrito de Castelo dos Sonhos, em Altamira, oeste paraense. As informações são do Portal ORM.
De acordo com o delegado Arthur Braga, da delegacia de Castelo dos Sonhos, o agricultor brigou com a esposa na noite de sábado (25) e, em seguida, saiu para um bar. No retorno para casa, já embriagado, discutiu com a mulher mais uma vez. Assustada, a esposa do acusado saiu de casa, na companhia de um dos dois filhos, de apenas 8 anos, e pediu ajuda para os vizinhos, dizendo que estava sendo agredida.
Na volta para a residência, por volta das 21h30, a mulher encontrou o filho mais novo, de quatro anos, decapitado em um dos quartos da casa. Na sala, o acusado, bêbado, ainda estava com as mãos sujas de sangue.
"O crime foi macabro, pois o homem, além de matar a criança, também degolou uma galinha e o cachorro de um dos enteados e em seguida bebeu o sangue dos animais. Foi um ritual de magia, me parece", descreveu o delegado Braga. Ainda segundo o policial, o padrasto da criança foi mantido dentro da residência pelos vizinhos até a chegada da Polícia Militar. Ele foi preso e encaminhado à delegacia de Castelo dos Sonhos.
"Nós fomos fazer uma ronda até o local do crime, eu e mais dois PMs. Quando retornamos já havia uma mobilização de pessoas na frente da delegacia. Não tivemos como segurar, a população revoltada, mais de 200 pessoas, invadiu a delegacia e tirou o acusado da cela", disse.
Ainda de acordo com Braga, os moradores de Castelo dos Sonhos também depredaram a delegacia, quebrando vidros, janelas e computadores. "Não pude fazer nada, eles eram muitos e eu só tinha três policiais comigo. Ainda chamei reforço, mas não pude fazer nada a não ser prezar pela minha vida e dos policiais", disse.
O acusado, após ser retirado da delegacia, foi espancado pelos moradores e queimado vivo em praça pública. O delegado deve indiciar vários moradores pela depredação na delegacia e pela morte do acusado.