NOVO ESCÂNDALO DE DÓLARES NA CUECA VAI CHACOALHAR BRASÍLIA, APREENSÃO DE MEIO MILHÃO DE DÓLARES PELA PF
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É MEU - Aos policiais que apreenderam os 465 000 reais, o operador Dudu limitou-se a dizer que carregar dinheiro em espécie não é crime. |
Nesse dia, uma quinta-feira, a Polícia Federal flagrou dois
homens que tentavam embarcar para o Rio de Janeiro com 465 000 reais escondidos
em suas meias e cuecas. A dupla foi detida para esclarecimentos e o dinheiro,
apreendido.
Horas depois, um terceiro homem se apresentou à polícia
dizendo ser o dono da bolada. Identificou-se como Eduardo Lemos, disse que os
homens eram seus funcionários e que a quantia se destinava a comprar um imóvel
no Rio.
Indagado sobre os motivos de ter recorrido ao método (ainda)
pouco usual para transporte de dinheiro, respondeu apenas que carregar valores
em espécie não é crime. E ainda esnobou os policiais: para ele, o quase meio
milhão de reais apreendidos nem era “tanto dinheiro assim”.
Para comprovar o que dizia, fez questão de exibir o relógio
de 120 000 reais que carregava no pulso e de informar que havia chegado ao
prédio da polícia a bordo de um Porsche.
O homem declarou ainda não ter nenhuma relação com políticos
e disse que o dinheiro que seus empregados carregavam não provinha dos cofres
públicos. A realidade é bem diferente, conforme apurou a reportagem de VEJA.
Eduardo Lemos, na verdade, é Carlos Eduardo Carneiro Lemos,
um operador de mercado conhecido por fazer negócios com fundos de pensão de
empresas estatais, e o flagrante em que ele acaba de se envolver é o princípio
de um grande escândalo.