Madeireira constrói porto clandestino na praia do Maracanã
Praia onde fica a madeireira está cheio de sarrafo de madeira e imprópria para o banho
Em visita realizada as áreas do Lago do
Juá e das praias do Maracanã e Salvação nossa equipe de reportagem,
acompanhada da coordenadora do movimento “Salve o Juá”, Margareth
Ferreira, constatou diversas irregularidades cometidas contra o meio
ambiente naquele local. Entre os crimes ambientais mais graves, foi
verificada a existência de um porto de embarque e desembarque de
madeira, na praia do Maracanã, de propriedade da Madeireira Dionizia.
Quem chega ao local observa a grande
quantidade de restos de madeira, como sarrafo e serragem misturados a
areia da praia, além da retirada total da mata ciliar, às margens do rio
Tapajós.
Comunitários do Maracanã contaram à
nossa reportagem que a madeira é extraída de forma clandestina de
comunidades localizadas dentro da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns
(Resex). Ao ser transportada para o bairro do Maracanã, a madeira, de
acordo com os comunitários, é beneficiada. Em seguida, toda a produção é
exportada para outras regiões do Brasil, onde o embarque acontece no
porto implantado na praia do Maracanã, pela parte da madrugada, onde
balsas ancoram no proto improvisado e carregam a madeira sem qualquer
fiscalização dos órgãos ambientais, como Ibama e Semma.
Preocupados com a degradação ambiental
ocorrida devido à implantação do porto clandestino, pois uma parte da
praia foi totalmente coberta de madeira, os comunitários do Maracanã
cobram providências por parte dos órgãos competentes.