segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

PORTO CLANDESTINO

Madeireira constrói porto clandestino na praia do Maracanã

Praia onde fica a madeireira está cheio de sarrafo de madeira e imprópria para o banho

Praia do Maracanã
Praia do Maracanã
Em visita realizada as áreas do Lago do Juá e das praias do Maracanã e Salvação nossa equipe de reportagem, acompanhada da coordenadora do movimento “Salve o Juá”, Margareth Ferreira, constatou diversas irregularidades cometidas contra o meio ambiente naquele local. Entre os crimes ambientais mais graves, foi verificada a existência de um porto de embarque e desembarque de madeira, na praia do Maracanã, de propriedade da Madeireira Dionizia.
Quem chega ao local observa a grande quantidade de restos de madeira, como sarrafo e serragem misturados a areia da praia, além da retirada total da mata ciliar, às margens do rio Tapajós.
Comunitários do Maracanã contaram à nossa reportagem que a madeira é extraída de forma clandestina de comunidades localizadas dentro da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (Resex). Ao ser transportada para o bairro do Maracanã, a madeira, de acordo com os comunitários, é beneficiada. Em seguida, toda a produção é exportada para outras regiões do Brasil, onde o embarque acontece no porto implantado na praia do Maracanã, pela parte da madrugada, onde balsas ancoram no proto improvisado e carregam a madeira sem qualquer fiscalização dos órgãos ambientais, como Ibama e Semma.
Preocupados com a degradação ambiental ocorrida devido à implantação do porto clandestino, pois uma parte da praia foi totalmente coberta de madeira, os comunitários do Maracanã cobram providências por parte dos órgãos competentes.