sábado, 29 de março de 2014

NOTÍCIAS GERAIS...

Gisele Bündchen e o marido escapam de incêndio

Gisele Bündchen e o marido escapam de incêndio (Foto: Reprodução/Internet)
(Foto: Reprodução/Internet)
Um incêndio assustou a vizinhança de Back Bay, em Boston, na quarta-feira, (27), onde fica a casa da modelo Gisele Bündchen e do jogador de futebol americano, Tom Brady.
No incidente, 2 bombeiros morreram e 12 pessoas pessoas ficaram feridas. Gisele e o marido conseguiram escapar ilesos do incêncio que aconteceu a quatro casas ao lado da residência do casal.
Eles chegaram a ir para a casa de um amigo com medo de que o fogo se expandisse no bairro. 
Em seu perfil no Facebook, o jogador fez um agradecimento ao trabalho do corpo de bombeiros.  “Em nome da minha família, eu quero oferecer a minha profunda simpatia e condolência ao Corpo de Bombeiros de Boston e seus familiares por sua coragem e por seus bombeiros altruístas que deram suas vidas para nos proteger hoje, e para toda comunidade de bombeiros que nos protegem diariamente. Todos vocês estarão em nossos pensamentos e nossas orações”, publicou.

Pelo Twitter, programa New Day da CNN mata Pelé

Emissora dos Estados Unidos é corrigida pelos próprios seguidores na rede social

SÃO PAULO - Na manhã desta sexta-feira, o programa New Day, da emissora de televisão a cabo norte-americana CNN, publicou em seu Twitter que o ex-jogador Pelé havia morrido. 'Ex-jogador brasileiro Pelé morre aos 74 anos', escreveu o canal em sua página na rede social. Pelé, que na verdade tem 73 anos (completa 74 em 23 de outubro), viajava entre Londres e Nova York quando o fato foi noticiado, segundo informações dadas pela assessoria do ex-atleta ao Portal Imprensa.
  
 
A noticia rapidamente correu entre os seguidores da CNN nas redes sociais. Minutos depois, após ser contatada por um dos representantes de Pelé, o programa retirou a informação do ar e se desculpou pela notícia falsa.

PELÉ NAS REDES
Ativo nas redes sociais, Pelé tuitou com Neymar, do Barcelona, na manhã dessa sexta-feira. Por meio de sua conta pessoal, o Rei do Futebol ainda não se pronunciou. Na troca de mensagens com o craque do time espanhol, Pelé comentou sobre a despedida da Kombi, a perua que não será mais produzida na Volkswagen.

Agência chinesa dá nota 'A' ao Brasil



A milhares de quilômetros de Nova York, uma agência de classificação de risco vê o Brasil em posição muito mais confortável do que a Standard & Poor’s, a Moody’s e a Fitch. Para a chinesa Dagong Global Credit Rating, o Brasil tem rating "A-". Assim, a agência de classificação de risco estatal da China coloca o Brasil três patamares acima da avaliação anunciada, na segunda-feira, 24, pela Standard & Poor’s.
Ao contrário dos comentários duros contra o governo brasileiro, a Dagong tem avaliação mais amena. A última revisão da nota brasileira foi feita em janeiro, quando reafirmou a nota "A-" e disse que o ambiente para a dívida brasileira é relativamente estável. "A situação política basicamente estável do Brasil e a vantagem da atual presidente Dilma Rousseff na eleição presidencial são fatores favoráveis para a continuidade e estabilidade das políticas", diz relatório divulgado em Pequim.
Os analistas chineses reconhecem, porém, que nem tudo são flores. "O ambiente político interno complexo constrange as reformas estruturais de longo prazo, que são repletas de grandes dificuldades."
 
Em um ponto Dagong e S&P concordam: a política fiscal. "O déficit fiscal e a situação da dívida pioraram de forma consistente. Afetados pelo gasto que aumentou significativamente, o déficit público aumentou para o equivalente a 3% do PIB em 2013", diz a Dagong. Economistas da agência preveem que a dívida pública subirá para 68,2% do PIB em 2014.
Criada em 1994 pelo governo, a Dagong é a resposta de Pequim às agências ocidentais. Com critérios diferentes dos usados pelas concorrentes, a agência se gaba de ter sido a primeira a rebaixar a nota soberana dos EUA - movimento seguido por S&P, Moody’s e Fitch. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

'Pensei até em me matar', diz acusado de estupro pela internet

Mensagem de "alerta" para mulheres acusava autônomo de ser estuprador.
Polícia diz que crimes de calúnia e difamação na rede podem ser punidos.


Do G1 PA


O autônomo Rafael Silva conta que viveu um pesadelo após ser caluniado na internet: a imagem dele, junto com um texto que o acusava de praticar crimes sexuais, foi compartilhada em redes sociais e por grupos de mensagens de celular em Belém. Segundo a suposta denúncia, ele seria portador do vírus HIV, e teria estuprado mulheres (veja vídeo ao lado).
Silva procurou a polícia para esclarecer a situação. O caso está sendo investigado como crime virtual. “A partir do momento que eu soube dessa história eu comecei a entrar em desespero. Porque vem sujar a sua imagem com uma coisa que não existe. Pensei até em me matar”, afirma Rafael.
Pensei até em me matar"
Rafael Silva, vítima de calúnia pela internet
"De todas as mídias que foram divulgadas ele tem impressão, e agora é aguardar a polícia fazer o trabalho dela e identificar o endereço virtual para se chegar possivelmente ao autor das ofensas, para que seja feita a justiça”, disse o advogado da vítima, Marcelo Isakson.
Conduta nas redes sociais

O uso da internet para caluniar e difamar pessoas é crime. De acordo com a polícia, as ocorrências são cada vez mais frequentes nas redes sociais, mas as denúncias podem ser apuradas caso a vítima reúna provas suficientes.

“A vítima tem que pegar a materialidade desse delito, imprimir as ofensas, se for o caso de celulares, identificar onde está o que pode ser configurado um crime. Você pode procurar uma delegacia ou você pode fazer um procedimento no fórum nos juizados especiais”, esclarece a delegada Beatriz Silveira.

Assédio digital

Uma estudante viveu uma situação semelhante a do autônomo. Ela, que pediu para não ser identificada, conta que foi ameaçada e perseguida pela internet - as mensagens foram enviadas até para o namorado da jovem.  “Até fiquei um pouco prejudicada, porque eu fiquei com problemas psicológicos”, conta a vítma.
As duas situações vividas pelas vítimas são de crimes tecnológicos, ou seja, quando alguém se utiliza do mundo virtual para praticar delitos já comuns do dia a dia, como fazer ofensas ou comentários falsos e até atribuir a uma pessoa um crime que não cometeu.
“Já existem leis específicas regulamentando a situação, mas se essas leis não forem competentes há ainda o código penal que pode ser utilizado para punir esses indivíduos”, explica o advogado Mário Paiva.
Apoiadores acompanharam da galeria da Câmara legislação considerada a constituição da rede (Foto: Gustavo Lima/Câmara)Apoiadores acompanharam da galeria da Câmara
legislação considerada a constituição da rede
(Foto: Gustavo Lima/Câmara)
Marco civil

Para tentar inibir as condutas ilícitas e antiéticas na rede mundial de computadores, foi aprovado pela Câmara de Deputados, no último dia 25 de março, o Marco Civil da Internet, uma espécie de constituição da rede que assegura a neutralidade e o direito de privacidade na internet, além de reforçar a necessidade de punições para provedores e sites que não removerem conteúdos ofensivos mediante decisão judicial. O projeto ainda deve ser analisado pelo Senado.
 

BC coloca hoje à venda novo lote de moedas de ouro da Copa do Mundo

Moeda de ouro se esgotou em dois dias, segundo o Banco Central.
Lote extra também contempla outras moedas comemorativas da Copa.


Do G1, em Brasília

Interessados fazem fila no Banco Central, em Brasília, para comprar moedas comemorativas da Copa (Foto: Alexandro Martello/G1)
Interessados fazem fila no Banco Central, em Brasília, para comprar moedas comemorativas da Copa (Foto: Alexandro Martello/G1)
O Banco Central informou que começa a vender nesta sexta-feira (28) lotes complementares das moedas comemorativas da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, incluindo as de ouro.
Moedas comemorativas da Copa do Mundo (Foto: Divulgação/Banco Central do Brasil)
Moedas comemorativas da Copa do Mundo(Foto: Divulgação/Banco Central do Brasil)
Lançadas em 29 de janeiro, as moedas de ouro se esgotaram em dois dias e as demais contam com estoques residuais em algumas representações do BC, informou a instituição no início da semana.
"A nova tiragem contempla 1.800 moedas de ouro, 6 mil de cada moeda de prata e 2.600 de cada moeda de cuproníquel [liga metálica que mistura cobre e níquel] em cartelas individuais, além de 8 mil cartelas-conjunto de cuproníquel. Com essa tiragem, somada às quantidades destinadas para o mercado internacional, o BC atinge a tiragem máxima autorizada pelo Conselho Monetário Nacional para o programa de moedas da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014TM", informou o BC.

As moedas poderão ser adquiridas no site do Banco do Brasil ou nas representações do BC e, segundo a autoridade monetária, pode haver limitação do número de moedas a serem adquiridas por pessoa.


Nas representações do BC, o pagamento deve ser feito exclusivamente em dinheiro, acrescentou a instituição. Nas compras pela Internet, pode ser feito através de boleto bancário ou, se o comprador for correntista do BB, por meio de débito em conta.
Modelos
Ao todo, são nove modelos de moedas especiais fabricadas pela Casa da Moeda: uma de ouro, duas de prata e seis de cuproníquel.

Segundo o BC, a de ouro faz alusão à Taça da Copa do Mundo da Fifa e ao momento do gol.
Uma das moedas de prata apresenta o mascote oficial da Copa de 2014, o Fuleco, enquanto a outra conta com uma homenagem às doze cidades-sede da competição.
Também deverá ser comercializada uma cartela com o conjunto das seis moedas de cuproníquel. Elas vão compor a série “Jogadas do Futebol”, retratando lances típicos do esporte: a defesa do goleiro, a cabeçada, a matada no peito, o passe, o drible e o gol.
Características
A moeda de ouro tem o valor de face de R$ 10, mas custa R$ 1.180. O peso é de 4,4 gramas.

A de prata, por sua vez, tem valor de face de R$ 5, pesa 27 gramas e custa R$ 190. Serão vendidas 12 mil destas moedas na tiragem inicial, sendo 5 mil unidades para o mercado nacional e o restante para o mercado internacional.
Já as moedas de cuproníquel têm valor de face de R$ 2, pesam 10,17 gramas e custam R$ 30 cada. Inicialmente, serão comercializadas 7,4 mil unidades, sendo 5 mil unidades para o mercado nacional e o restante para o mercado internacional.
De acordo com o BC, a cunhagem máxima por tipo está limitada a 20 mil unidades.

Médicos trocam crânio de mulher por prótese de plástico impressa em 3D

Paciente tinha doença rara que fazia crânio ficar com 5 cm de espessura.
Cirurgia foi feita no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda.


Do G1, em São Paulo

Hospital desenvolveu prótese em impressora em três dimensões para substituir a parte superior do crânio de uma mulher de 22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)Hospital desenvolveu prótese em impressora em três dimensões para substituir a parte superior do crânio de uma mulher de 22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)

Um hospital holandês obteve com sucesso a primeira cirurgia de troca da parte superior do crânio de uma paciente por uma prótese plástica criada em impressão 3D. A mulher de 22 anos sofria de uma doença rara que engrossava o crânio de forma anormal. No caso dela, o crânio tinha 5 centímetros de espessura, quando o normal seria 1,5 centímetro.

A cirurgia foi realizada no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda, e durou 23 horas. Próteses criadas em impressoras 3D já haviam sido usadas para substituir pares do crânio, mas esta é a primeira vez que quase toda a caixa craniana é substituída em um paciente.
Prótese foi implantada na cabeça de mulher de 22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)Prótese foi implantada na cabeça de mulher de
22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)
O procedimento gera resultados melhores porque o uso de peças com essa tecnologia instantânea permite fazer uma reconstrução mais precisa.
"Usando a impressão 3D, podemos fazer um para o tamanho exato”, explico o médico Bon Verweij, que comandou a cirurgia, em entrevista ao jornal Dutch News. “Isto não só tem grandes vantagens estéticas, mas a função do cérebro dos pacientes muitas vezes se recupera melhor do que usar."
A cirurgia foi realizada há três meses, mas o hospital anunciou o procedimento nesta sexta-feira (26) depois de se certificar que a mulher se recuperou completamente. "Ela já voltou ao trabalho e é impossível perceber que ela foi operada", afirmou.
Mulher tinha doença rara que deixava o crânio com 5 cm de espessura (o normal é 1,5 cm) (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)Mulher tinha doença rara que deixava o crânio com 5 cm de espessura (o normal é 1,5 cm) (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)
























Beijo gay ainda incomoda maioria dos brasileiros

Quase 60% da população brasileira ainda se incomoda ao ver um beijo entre dois homens ou duas mulheres em locais públicos. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), divulgada nesta quinta-feira (27).
A pesquisa, que é uma nova edição do Sistema de Indicadores de Percepção Social, ouviu 3.810 pessoas de diversas regiões do país, e, segundo os dados, 59,2% dos entrevistas se disseram incomodados ao assistir a um beijo gay. Sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o índice ficou bem dividido, com 50% dos entevistados se mostrando favorável, enquanto que a outra metade considera que o matrimônio deveria ser proibido.
Curiosamente, quando não era mencionado direitos ou casamento, mas apenas a relação afetiva entre pessoas do mesmo sexo, a aceitação foi menor: Somente cerca de 41% dos participantes da pesquisa opinaram que um casal gay pode viver um amor igual a um casal heterossexual.
De acordo com os pesquisadores, essa diferença mostra que a população se apresenta mais tolerante quando se trata da igualdade de direitos, mas a aceitação da afetividade ainda é restrita. A pesquisa ainda apontou que a tolerância é maior entre os jovens e menor que a média entre os idosos.
RELIGIÃO
A pesquisa também apontou que grupos religiosos são mais intolerantes à afetividade entre pessoas do mesmo sexo que outros grupos sociais. A católicos se apresentaram 1,4 vez mais intolerantes que a média nacional.
Neste cenário, os evangélicos foram considerados o grupo mais intolerante, segundo a pesquisa. De acordo com os dados, a porcentagem de evangélicos contra o casamento gay é 3,5 vezes maior que a média nacional, enquanto a porcentagem dos que aceitam a possibilidade de amor entre homossexuais é 2,1 vezes maior.

Acordo com governo sufoca Caixa e banco já prepara plano B

FOLHA DE SÃO PAULO
JULIO WIZIACK
MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

A Caixa só tem fôlego para operar até setembro do ano que vem sem que haja uma nova injeção de recursos do governo, seu controlador.
O banco estatal já prevê reduzir o ritmo de crescimento dos empréstimos neste ano, em razão dessa menor disposição de recursos. Por isso, também fechou acordo com o Ministério da Fazenda para reduzir em quase à metade a parte do lucro que repassa anualmente ao governo.
Ainda assim, mantido o ritmo pretendido de aumento dos empréstimos (entre 22% e 25%), será imprescindível ao banco receber um novo aporte de dinheiro do governo em 2015.
Estimativas preliminares a que a Folha teve acesso indicam que a Caixa precisará de pelo menos R$ 2 bilhões, a partir de setembro do ano que vem, para fechar as contas.
Os recursos são necessários principalmente para manter a solidez do banco. A cada R$ 100 que a instituição financeira empresta, tem que manter pelo menos R$ 11 em caixa. Em dezembro, mantinha R$ 15.
Se o governo não injetar novos recursos, o banco poderá sofrer um baque nessa medida de solidez.
MAIS PRESSÃO
Essa não é a única fonte de pressão sobre a Caixa.
Com um crescimento mais lento da arrecadação de impostos, o governo está contando com os repasses enviados pelas estatais ao Tesouro Nacional, como a Caixa, para cumprir a meta fiscal.
Mesmo tendo combinado repassar menos neste ano, o banco já preparou um plano B, a ser acionado caso a pressão do controlador por receitas aumente.
Com um primeiro bimestre negativo em termos fiscais (leia texto na pág. B1), há risco de o governo exigir o pagamento antecipado de dividendos no primeiro semestre deste ano. Isso poderia agravar a necessidade de uma injeção de dinheiro novo na Caixa em 2015.
Nos bastidores, o banco prepara algumas alternativas para fazer frente à exigência, sem abrir mão de sua meta de ampliar empréstimos em até 25% neste ano -hoje carro-chefe das receitas da Caixa.
CESSÃO DE CRÉDITO
A primeira delas é turbinar a cessão de crédito, por meio da emissão de Letras de Crédito Imobiliário. Com a venda desses papéis, que são lastreados em financiamentos imobiliários do banco, seria possível ampliar sua captação por meios próprios.
A estratégia daria à Caixa mais dois meses de sobrevida em 2015, sem novo aporte do governo.
Outra opção é fazer emissões de dívida no mercado interno e no exterior.
A previsão do banco é captar cerca de R$ 4 bilhões no mercado externo em 2014.
A alternativa de buscar dinheiro lá fora, contudo, é mais difícil de ser acionada no curto prazo.
Por falta de regulamentação do Banco Central, a Caixa não pode usar os recursos dessas captações para incorporar capital e elevar sua solidez.
O objetivo da Caixa é captar, ao todo, R$ 70 bilhões neste ano, um aumento de 43% ante o obtido no ano passado (R$ 49 bilhões). 


Editoria de Arte/Folhapress

Lobão admite pedir economia de energia na Copa

FOLHA DE SÃO PAULO
JULIA BORBA
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que, caso as reservas das hidrelétricas não aumentem nos próximos meses, o governo poderá pedir à população que reduza voluntariamente o consumo de energia para garantir o fornecimento durante a Copa do Mundo.
"Nós não estamos trabalhando com a hipótese de racionamento", disse Lobão em entrevista ao jornal americano "Wall Street Journal".
"Temos a convicção de que isso não será necessário", completou o ministro, que afirmou que é muito baixa a chance de apagão até novembro, quando iniciam os períodos das chuvas.
Lobão disse ainda que o governo não pretende cobrar mais de quem consome mais eletricidade -como aconteceu no fim do governo FHC. "Não vamos repetir 2001."
TÉRMICAS
O governo já traçou os piores cenários para o setor elétrico caso o ritmo e a quantidade de chuva neste ano não sejam suficientes para reabastecer os reservatórios das usinas hidrelétricas.

Maioria acredita que estupro é culpa da mulher

Pesquisa divulgada no dia 27 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que 58,5% dos entrevistados concordaram totalmente ou parcialmente com a frase “Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros”. Em relação a essa pergunta, 35,3% concordaram totalmente, 23,2% parcialmente, 30,3% discordaram totalmente, 7,6% discordaram parcialmente e 2,6% se declararam neutros.
“Por trás da afirmação, está a noção de que os homens não conseguem controlar seus apetites sexuais; então, as mulheres que os provocam é que deveriam saber se comportar, e não os estupradores. A violência parece surgir, aqui, também, como uma correção. A mulher merece e deve ser estuprada para aprender a se comportar”, dizem os pesquisadores.
Os pesquisadores também perguntaram “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas?”: 42,7% concordaram totalmente com a afirmação, 22,4% parcialmente; e 24% discordaram totalmente e 8,4% parcialmente.
“O acesso dos homens aos corpos das mulheres é livre se elas não impuserem barreiras , como se comportar e se vestir ‘adequadamente’”, concluíram os pesquisadores.
Conforme o levantamento, 63% concordaram, total ou parcialmente, que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre os membros da família”, 89% dos entrevistados tenderam a concordar que “a roupa suja deve ser lavada em casa” e 82% que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.
Os dados fazem parte da pesquisa Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) - Tolerância social à violência contra as mulheres, que mostrou ainda que 78,1% dos entrevistados concordam totalmente e 13,3% concordam parcialmente que a prisão é a punição adequada para o homem que bate na esposa. A pesquisa colheu dados sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo e relação familiar.
Os pesquisadores sugerem que a população ainda tem “visão de família nuclear patriarcal, ainda que sob uma versão contemporânea, atualizada. Nessa, embora o homem seja ainda percebido como o chefe da família, seus direitos sobre a mulher não são irrestritos, e excluem as formas mais abertas e extremas de violência.
Os resultados apontam que a Lei Maria da Penha, que endurece as punições para o agressor, contribuiu para minimizar a tolerância à violência contra a mulher. Para a secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Aparecida Gonçalves, as tendências machistas vêm mudando. “Apesar de não ter mudado ainda da forma como gostaríamos, elas vêm se alterando aos poucos, principalmente no que tange à violência doméstica e familiar”. Ao todo, 3.810 pessoas foram entrevistadas no ano passado, sendo 66,5% mulheres.
ESTUPRO
Outra pesquisa do Ipea apresentou dados sobre o crime de estupro no Brasil. A estimativa com base nos atendimentos prestados às vítimas é que, a cada ano, 527 mil pessoas são estupradas no país. Apenas 10% dos casos chegam ao conhecimento da polícia. A maioria das vítimas é mulher, sendo 70% são crianças ou adolescentes. Mais de 92% dos agressores são homens. Pais, padrastos, amigos e conhecidos representam 56,3% dos criminosos.