Emir Aguiar, Paulo Gasolina, Silvio Amorim e Geovani Aguiar prometem lutar pela permanência do órgão
A notícia veiculada na edição da semana
passada do Jornal “O Impacto” sobre o possível fechamento da gerência
regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) em Santarém, no Oeste do Pará, repercutiu na
Câmara de Vereadores. Os vereadores Emir Aguiar (PR) e Paulo Gasolina
(DEM) temem que os serviços efetuados em Santarém voltem a ser prestados
somente na capital do Estado.
A informação de que factóides criados
pela presidência do Ibama em Brasília vai resultar no fechamento do
órgão em Santarém partiu de uma fonte ligada aos servidores que foram
alvos de investigação da Polícia Federal. Dentro dos próximos dias,
segundo a fonte, quem precisar dos serviços do órgão em Santarém deverá
se dirigir para a Superintendência em Belém para conseguir atendimento.
Uma briga interna dentro do órgão teria
sido a principal causa do possível fechamento da gerência de Santarém.
Uma das diretorias do IBAMA/BRASÍLIA prestou informações tetralógicas à
Polícia Federal em Belém, noticiando que servidores do IBAMA em Santarém
estariam autuando laranjas para isentar os reais possuidores das áreas
desmatadas. Porém, o documento não soube dizer quem é de fato o laranja,
se a primeira ou segunda pessoa autuada.
Diante das informações apresentadas pelo
IBAMA/BRASÍLIA, o Delegado da Polícia Federal, presidente do inquérito,
solicitou buscas e apreensões à Justiça Federal na residência dos
servidores possivelmente envolvidos em tais ilícitos. Depois da
realização dos mandados de busca e apreensão na casa dos servidores nada
de relevante às investigações e frente ao que dardejou o IBAMA de
Brasília, foi encontrado.
Nenhum dos processos dos supostos
laranjas estavam em poder dos servidores investigados, bem como
quaisquer documentos a eles referentes. Segundo a fonte, para uma coisa
serviu a busca apreensão realizada, para aventar que algo de errado
havia nas informações apresentadas pelo IBAMA/BRASÍLIA ao Delegado.
Revelou-se, também, que os alvos da busca e apreensão foram na verdade,
‘boi de piranha’ e ‘bode expiatório’.
EMIR AGUIAR ALERTA E DIZ QUE SANTARÉM SOFRE UM RETROCESSO: Para
o vereador Emir Aguiar (PR), Santarém poderá ter um retrocesso por
falta de gestão e de responsabilidade de alguns servidores do Ibama. Ele
destaca que o Ibama de Santarém atende, também, outros municípios da
região, onde caso venha a fechar, poderá penalizar muitas pessoas que
precisam dos serviços oferecidos no Município.
“Isso é ruim! Vamos procurar junto à
esfera federal para que essa questão seja reparada e também para que os
funcionários que não estão correspondendo com o serviço público, sejam
trocados, para que o atendimento continue aqui. Vai ser muito
dificultoso as pessoas terem que ir a Belém, para resolver problemas que
seriam realizados aqui”, comenta Emir Aguiar.
O vereador Emir Aguiar ressalta que
serão prejudicados principalmente os trabalhos de fiscalização ambiental
no município de Santarém e, em toda região Oeste do Pará. “Os problemas
a serem resolvidos com as fiscalizações são muitos. Os serviços do
Ibama são importantes durante o período do defeso, assim como no combate
a grilagem e a questão do desmatamento. É necessário que o
funcionamento dos serviços do Ibama permaneçam normalmente em
Santarém!”, exclamou Emir Aguiar.
PAULO GASOLINA DIZ QUE SANTARÉM ESTÁ EM SEGUNDO PLANO:
O vereador Paulo Gasolina (DEM) lamentou o possível fechamento da sede
do Ibama em Santarém. “A gente lamenta profundamente isso, até porque já
vinham ocorrendo possíveis irregularidades. Porém, precisamos que cada
vez mais Santarém fique independente, mas o que observamos é que está
voltando pra trás. O que não podemos aceitar é que as pessoas que têm
projetos de manejo a serem liberados ou outro tipo de serviço tenham que
recorrer a Belém”, argumenta Gasolina.
Para ele, problemas administrativos como
o que está ocorrendo no Ibama só acontecem em Santarém, porque a região
ainda não ficou independente com a criação do Estado do Tapajós. “É por
isso que eu digo que a criação do Estado do Tapajós deve acontecer, que
é para que não ocorra uma imagem do Oeste do Pará, como se fosse
colocado em segundo plano. Temos que acompanhar essa situação, para que o
mesmo problema não aconteça com outros órgãos. Isso tudo só está
acontecendo porque ainda não ficamos independentes por meio da criação
do Estado do Tapajós!”, diz Paulo Gasolina.
SILVIO AMORIM REPUDIA FECHAMENTO DA GERÊNCIA:
“Isso é o cúmulo do descaso com nossa região. Uma briga interna, de
facções, causou a interferência da presidência do Ibama em Santarém.
Quem vai sofrer na pele são as pessoas que dependem do órgão para
conseguir liberação de processos. Se a gerência fechar em Santarém,
vamos depender da Superintendência de Belém, ou seja, quem tem dinheiro
para pagar passagem e se deslocar até Belém talvez consiga algumas.
Agora, aquelas pessoas que não possuem um suporte financeiro adequado,
vai penar ou fechar suas portas, a não ser que apele para a
clandestinidade”, declarou o vereador Silvio Amorim (PRTB).
GEOVANI AGUIAR MOSTRA REVOLTA E INDIGNAÇÃO:
Em contato com nossa reportagem, o vereador Geovani Aguiar (PSC) também
fez duras críticas aos problemas que podem levar ao fechamento da
gerência do Ibama em Santarém. “É lamentável que problemas dessa
natureza estejam acontecendo no Ibama em Santarém. O Município precisa
avançar nas questões administrativas e não retroceder. Caso venha fechar
as portas milhares de pessoas que precisam do atendimento terão que ir
pra Belém em busca de atendimento. Se de fato a gerência do Ibama fechar
em Santarém, quem vai achar bom são os vendedores de quelônios,
desmatadores de nossa floresta, traficantes de animais e os vendedores
de peixes proibidos pela Portaria do Defeso. Isso é lamentável!”,
dispara o Geovani Aguiar.
Fonte: RG 15/O Impacto
