terça-feira, 3 de junho de 2014

Êta parazinho porreta!

Pará tem o pior índice de atraso escolar do país

Em algumas escolas do interior do Estado, alunos e professores sofrem com a qualidade dos prédios

 Escolas do interior são as piores
Escolas do interior são as piores
Mais de 50% dos alunos de escolas públicas do Pará não têm a idade adequada à série que estudam. O ensino médio paraense tem o maior número de estudantes com atraso de mais de dois anos nas séries escolares, com 57,3% das matrículas. Esse percentual inclui escolas públicas urbanas e rurais.
Os dados são do Censo Escolar, do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e foram compilados pelo QEdu, um projeto em parceria entre a Startup Meritt e a Fundação Lemann. Considerando apenas as escolas rurais, são 60,3% dos alunos com idade além da média escolar.
Ao invés de aumentar o número de escolas públicas estaduais no Pará, nos últimos quatro anos esse total foi reduzido de 971 (2010) para 917, em 2013. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Pará cresceu acima da média brasileira nos últimos quatro anos. Em 2010, data do último Censo, eram 7.581.051 paraenses.
O instituto divulgou a população estimada em 2013, que seria de 7.969.654 habitantes, ou 388 mil novos paraenses. Do total de escolas estaduais, 695 são urbanas e 222, rurais.
Além da redução do número de escolas, os estudantes enfrentam também as péssimas condições de acesso a direitos básicos, como banheiros. Pelo menos 18 escolas urbanas distribuídas entre os municípios paraenses não têm banheiro. As rurais que não contam com esse serviço são 53. Em 82 escolas urbanas, o banheiro fica do lado de fora do prédio. As rurais somam 64, ou quase 29% do total. Nestas escolas rurais, o mesmo percentual (28,38%) não tem biblioteca.
As escolas de áreas rurais das regiões Norte e Nordeste são as que concentram as maiores taxas de distorção idade-série no ensino médio público. Somadas escolas urbanas e rurais, depois do Pará, Sergipe (50,7%) e Piauí (49,2%) têm as maiores taxas e São Paulo (17,1%), Santa Catarina (18,4%) e Paraná (24,3%) são onde estão as menores porcentagens.