Zebras e surpresas dão adeus à Copa -Drama marca vitórias nas quartas de Brasil, Argentina, Alemanha e Holanda
Semifinais ficam restritas ao pentacampeão Brasil, à
tricampeã Alemanha, à bicampeã Argentina e à tradicional Holanda, três vezes
vice-campeã.
Não teve gol de Messi em Courtois. Não teve sequer uma boa
atuação do craque. Não teve futebol bonito. Mas quem se importa com isso na
Argentina? Vinte e quatro anos depois, os hermanos estão em uma semifinal de
Mundial. Esse jejum ficou para trás. E graças ao fim de outro. Depois de 83
dias, Higuaín marcou um gol. E bastou para que os argentinos fizessem 1 a 0 na
Bélgica, neste sábado, no Estádio Nacional, em Brasília, pelas quartas de final
da Copa do Mundo.
Assim que o árbitro apitou o fim do jogo, a festa foi de
título no gramado. A série de frustrações em Copas incomodava - e muito. Para
vencer, a Argentina nem precisou fazer tanto. Com um time extremamente
competitivo, fez seu gol logo aos oito minutos e sentou em cima da vantagem.
Defendeu como nunca neste Mundial. Zabaleta, Garay e Demichelis fizaram uma
partida impecável, e não houve Hazard, De Bruyne ou Lukaku que sequer
ameaçassem o gol de Romero. A Argentina, até então refém de Messi, mostrou que
pode ser forte também no coletivo.
O triunfo desempatou ainda o confronto com a Bélgica em
Mundias: 2 a 1. A outra vitória aconteceu há 28 anos, no México-1986, e a
campanha terminou com título. Para repetir a história, faltam dois degraus.
Agora, o compromisso é em São Paulo, quarta-feira, na Arena Corinthians, diante
da Holanda.
A classificação argentina acabou com outro jejum. É a
primeira vez desde 1970 que dois sul-americanos chegam à semifinal. Naquela
ocasião, o Brasil bateu o Uruguai por 3 a 1.
Holanda troca de goleiro para tirar a surpresa Costa Rica
nos pênaltis
O futebol. Ah, o futebol... Mais uma vez o esporte demonstrou
seu conceito mais amplo. Heróis em campo, lances de emoção nos minutos finais.
Duas seleções que antes da Copa do Mundo eram separadas entre tradição e
surpresa se igualaram no tempo normal. E também na prorrogação. O melhor ataque
não ultrapassou a melhor defesa. Mas dos pênaltis não poderia passar. E, depois
do 0 a 0 durante 120 minutos, sem contar os acréscimos, a Holanda venceu a
Costa Rica por 4 a 3. E agora vai enfrentar a Argentina na semifinal,
quarta-feira, às 17h (de Brasília), na Arena Corinthians, em São Paulo.
A Costa Rica, que vencera Uruguai e Itália na fase
classificatória, caiu de pé, sai do Mundial de cabeça erguida, invicta, com a
melhor campanha da sua história. O goleiro Navas foi um gigante. Tejeda salvou
em cima da linha no último minuto do tempo normal. Foram heróis até mesmo na
derrota. Mas, pouco antes das cobranças, Van Gaal colocou o goleiro Krul na
vaga de Cillessen. E o goleiro holandês roubou a cena, saiu do banco para pegar
dois pênaltis e escrever seu nome como protagonista de uma bela história.