terça-feira, 30 de setembro de 2014

CRESCE A ONDA DA AUTOMUTILAÇÃO NAS REDES SOCIAIS

Imagem: Divulgação A disseminação da prática da automutilação em redes sociais vem preocupando  um número crescente de especialistas e escolas, que estão organizado palestras e eventos sobre o tema. Psiquiatras do Rio de Janeiro,  já falam em “epidemia” de um castigo autoinfligido para, na ótica dos jovens, minorar sofrimentos emocionais ou psicológicos. E alertam: grande parte dos pais sequer percebe que os filhos têm se cortado com canivetes, lâminas de barbear e até lâminas de apontadores de lápis. Administradora de uma das páginas sobre automutilação no Facebook, com mais 10 mil “curtidas” em menos de um mês de criação, A., de 15 anos, diz que o intuito não é incentivar, mas ajudar os jovens que sofrem do mesmo problema, sem julgá-los. Na rede, eles postam fotos das feridas e trocam experiências e telefones para formar “grupos de autoajuda” pelo aplicativo Whatsapp. A menina conta que fez o primeiro corte com um compasso há três anos e, desde então, só conseguiu ficar sem se mutilar por, no máximo, cinco meses. "Começou na sala de aula, e me arrependo bastante. Falo muito com os curtidores da página para nunca darem o primeiro corte, pois se torna um vício. Depois desses meses, meus cortes, que antes eram leves, acabaram só aumentando e ficando fundos, deixando cicatrizes", conta A., aluna de um colégio estadual do Rio que diz ter aderido aos cortes por conta de traumas de infância e familiares, sobre os quais se recusa a falar.