quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Patrimônio histórico sanareno entregue as baratas...

 
Talvez, pouca gente lembra, ainda, do Seminário para discutir e encontrar soluções para a preservação do patrimônio histórico de Santarém, realizado em 2003 com pombas e fanfarras. Infelizmente, até agora não foi colocado em prática nenhum dos inúmeros e bons projetos aprovados durante o referido conclave e, o que se vê, com tristeza e indignação, é que continuam, à base de marretadas, serem descaracterizados e até mesmo demolidos alguns imóveis de grande valor histórico, como, por exemplo, o "Solar dos Macambira", também chamado "Casarão Tapajônico", transformado em estacionamento de veículos
O ex-prefeito Lira Maia e a Câmara Municipal, à época presidida, salvo engano, pelo vereador Emir Aguiar, fizeram sua parte, ou seja, foi promulgada a lei de número 17.755, de 10.11.2003, criando a Comissão de Preservação da Memória e do Patrimônio do Município de Santarém, definindo, dando força e apoiando as ações julgadas necessárias para tal fim.

Com a promulgação da citada lei, esperavam o prefeito, os vereadores e o povo santareno, que os projetos saissem do papel, dos discursos e das promessas politiqueiras. Puro engano! Culpa de quem? Culpa do desinteresse de determinadas pessoas que foram escolhidas e designadas para compor a tal comissão. Reuniram-se apenas duas vezes, sem decidir absolutamente nada de concreto. Reuniões tipo pastel de feira (muito vento e pouco recheio). Nem mesmo foi escolhido um coordenador para convocar, organizar e comandar outras reuniões. É exemplo do chamado "fogo de palha", isto é, produz uma chama inicial que enche os olhos, mas rapidamente se transforma em cinzas.

Apenas para lembrar: a comissão era composta por representantes de diversos órgãos públicos e entidades privadas, entre elas o Sindicato dos Jornalistas, Sindicato dos Engenheiros e Arquitetos, Creci, Associação Empresarial de Santarém, FIT, Ulbra, UFPA, Instituto Esperança e várias pessoas físicas de destaque da sociedade santarena, entre elas o historiador Helcio Amaral de Souza e  Sebastião Imbiriba.

( Blog do Ércio - Mocorongo)