Acontece de tudo em campanha.
Esta semana mesmo em Santarém aconteceu uma cena insólita.
Era o comício de um político muito popular, pessoa simpática e alegre. Muita gente, festa, música.
Para compor o "clima" eleitoral", os seus representantes locais
contrataram um grupo grande de rapazes e molecotes para carregar
bandeiras e estandartes.
Esta rapaziada se postou bem nas primeiras fileiras da multidão.
O ambiente estava animado, a população receptiva a mensagem do candidato. Aí ele se animou demais e resolveu se soltar.
Começou a dar uns passos de balé no palanque: "demi-plié", "tendu",
"pirouettes", em sequência, bem no ritmo da música. Quem assistiu até
achou bonito.
Mas a molecada, uns pândegos, começou um corinho infame, enquanto
largavam os estandartes e as bandeiras. Uns berravam alto, "quando fizer
dança de homem, a gente volta"!
Esvaziaram as primeiras fileiras do comício.
O constrangimento foi grande.
O "político" sentiu o baque, quis trocar os passos de balé por uns
"katas", pois também pratica artes marciais, mas a "escorregada" já não
tinha mais conserto.
É, conforme a plateia, você tem que adaptar o seu "discurso". Faz parte da arte da Política.