segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Médico alerta: “Rio Tapajós será barril de pólvora com contaminação de mercúrio”

O impacto

Dr. Erik Jennings está preocupado com futuro da flona, fauna e riscos aos ribeirinhos


Dr.  Erik Jennings está preocupado com futuro da flona, fauna e riscos aos ribeirinhos
Dr. Erik Jennings está preocupado com futuro da flona, fauna e riscos aos ribeirinhos
Preocupado com o futuro da fauna e da flora no rio Tapajós e dos riscos provocados aos ribeirinhos com os projetos de construção de barragens de hidrelétricas na região oeste do Pará, o médico Erik Jennings, em entrevista exclusiva à nossa reportagem, alerta que a contaminação por mercúrio poderá se agravar, após a conclusão dos empreendimentos.
“O Governo, através do Estudo de Impacto Ambiental não está dando essas repostas. O EIA não contempla uma série de questionamentos sobre esses impactos, como, por exemplo, o que vai acontecer abaixo da barragem de São Luiz do Tapajós”, aponta Dr. Érik.
Segundo o médico, o mercúrio é uma das seis substâncias mais tóxicas encontradas naturalmente no meio ambiente e, também sendo um dos dezesseis mais raros elementos da natureza. “A sua forma metilada (Metil-mercúrio) é altamente tóxica para as células do cérebro humano e outros animais. Ele se torna tóxico, principalmente pela ingestão de peixes contaminados e causa déficit de inteligência, falta de concentração e tremores incontroláveis”, analisa Dr. Erik Jennings.
De acordo com ele, quando se represa um rio, altamente contaminado por mercúrio, como já é o caso do Tapajós devido as atividades de garimpos, cria-se uma condição ideal para a metilação do mercúrio. “A pouca correnteza no reservatório e diferentes temperaturas que será criada na foz dos tributários facilitará a metilação”, avisa Dr. Erik.