O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que é também
presidente do Congresso Nacional, comunicou na tarde de ontem (12) aos
líderes do Congresso, que não haverá recesso parlamentar em julho deste
ano nas duas Casas.
O motivo da medida, no caso
do Senado, é para que o julgamento da presidente Dilma Rousseff não tome
todo o prazo legal assinado em lei (180 dias), o qual, avaliam os
líderes, é um período muito longo para estender a crise: o Senado quer
decidir, embora sem atropelos, logo o destino de Dilma Rousseff e Michel
Temer, virando a página do impeachment de uma vez por todas.
Outrossim,
sem o recesso nas duas Casas, o presidente interino Michel Temer, que
pretende, já na semana que vem, enviar ao Congresso as medidas
econômicas e políticas a serem implementadas pelo seu governo, após
apreciação parlamentar, poderá ter essa apreciação mais rápida, com os
deputados e senadores dedicando-se à votação delas no mês de julho.
Outro
ponto que pesou na decisão de suspender o recesso foi a circunstancias
de que, em ano de eleições municipais, após o mês de julho o Congresso
Nacional tende a ficar esvaziada, pois os deputados e senadores, quando
não são candidatos, precisam estar nas suas bases, apoiando os seus
respectivos candidatos.