Aos 96 anos, o ex-governador do Pará e também ex-ministro morreu em decorrência da idade avançada
O corpo do ex-governador do Pará, Jarbas
Passarinho, foi velado na tarde deste domingo (05) na Paróquia Militar
do Oratória do Soldado, em Brasília (DF). Aos 96 anos, o também
ex-senador e ex-ministro morreu em decorrência da idade avançada.
Além de familiares e amigos,
compareceram à cerimônia fúnebre o ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF), Marco Aurélio Mello, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, e o chefe da Casa Militar,
Marcos Antônio Amaro.
Para o ministro do STF, Passarinho deixa
um exemplo para a nacionalidade do país e atuou na vida pública com
“desprendimento” e “pureza”.
“Um homem que teve uma passagem na vida
pública muito fértil. Ele foi exemplar em todos os títulos e honrou o
Senado Federal”, disse Marco Aurélio Mello.
Na cerimônia, foi realizada uma missa de
corpo presidente pelo capelão militar José Eudes e, posteriormente, o
corpo foi levado ao cemitério Campo da Esperança, para o enterro.
Nas redes sociais, o presidente interino Michel Temer expressou sentimento de pêsames e o chamou de “grande brasileiro”. A presidente afastada Dilma Rousseff não se pronunciou até as 16h.
EXÉRCITO
O Exército Brasileiro também lamentou a
morte do ex-governador do Pará, prestou solidariedade à família e
ofereceu apoio material ao velório e ao sepultamento.
Passarinho contribuiu para o êxito do
golpe militar de 1964, constituindo-se em um dos principais quadros
políticos do novo regime.
Em 1968, durante a reunião que decidiu a
criação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), Passarinho, então ministro do
Trabalho, disse uma frase que se tornou célebre. “Às favas, senhor
presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência”, afirmou.
Ele era a penúltima pessoa viva que
havia participado do encontro que selou o AI-5. A última é o
ex-ministro, economista e colunista da Folha de S.Paulo Delfim Netto.
Fonte: Folhapress e DOL