segunda-feira, 6 de junho de 2016

Morre o ex-governador do Pará, Jarbas Passarinho

Aos 96 anos, o ex-governador do Pará e também ex-ministro morreu em decorrência da idade avançada


Jarbas Passarinho
Jarbas Passarinho
O corpo do ex-governador do Pará, Jarbas Passarinho, foi velado na tarde deste domingo (05) na Paróquia Militar do Oratória do Soldado, em Brasília (DF). Aos 96 anos, o também ex-senador e ex-ministro morreu em decorrência da idade avançada.
Além de familiares e amigos, compareceram à cerimônia fúnebre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, e o chefe da Casa Militar, Marcos Antônio Amaro.
Para o ministro do STF, Passarinho deixa um exemplo para a nacionalidade do país e atuou na vida pública com “desprendimento” e “pureza”.
“Um homem que teve uma passagem na vida pública muito fértil. Ele foi exemplar em todos os títulos e honrou o Senado Federal”, disse Marco Aurélio Mello.
Na cerimônia, foi realizada uma missa de corpo presidente pelo capelão militar José Eudes e, posteriormente, o corpo foi levado ao cemitério Campo da Esperança, para o enterro.
Nas redes sociais, o presidente interino Michel Temer expressou sentimento de pêsames e o chamou de “grande brasileiro”. A presidente afastada Dilma Rousseff não se pronunciou até as 16h.
EXÉRCITO
O Exército Brasileiro também lamentou a morte do ex-governador do Pará, prestou solidariedade à família e ofereceu apoio material ao velório e ao sepultamento.
Passarinho contribuiu para o êxito do golpe militar de 1964, constituindo-se em um dos principais quadros políticos do novo regime.
Em 1968, durante a reunião que decidiu a criação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), Passarinho, então ministro do Trabalho, disse uma frase que se tornou célebre. “Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência”, afirmou.
Ele era a penúltima pessoa viva que havia participado do encontro que selou o AI-5. A última é o ex-ministro, economista e colunista da Folha de S.Paulo Delfim Netto.
Fonte: Folhapress e DOL