Segundo moradores, igarapé é afetado pelo desmatamento.
Semma deve fiscalizar área para aplicar procedimentos cabíveis.
Para o chefe de fiscalização, Arley Lemos, a maior parte das ações dos invasores acontece aos fins de semana, o que dificulta a ação do órgão. “As pessoas utilizam o fim de semana para praticar essas infrações ambientais, se beneficiando da fragilidade do órgão fiscalizador. Vamos encaminhar a fiscalização para verificar a situação, tentando identificar os infratores”, ressalta.
Ainda de acordo com Costa, os representantes do bairro mandaram construir uma cerca para delimitar o local, pois terrenos próximos já tinham sido invadidos. A associação de moradores deve entrar em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e outros órgãos competentes para que as medidas sejam adotadas.
Segundo moradores, árvores centenárias, que estavam no local desde a chegada dos primeiros habitantes foram derrubadas. O aposentado Carlos Alberto de Sousa ainda tentou falar com os invasores, mas foi ignorado. “Às vezes a pessoa não está sabendo, tentei alertar e falar com eles. Eles não pararam de derrubar as árvores e o barulho da motosserra não deixou com que eles nos ouvissem. Quase uma das árvores nos atingiu. Muitas pessoas já foram ameaçadas por eles aqui”, relata.
Outras áreas do bairro além desta também já foram alvos de desmatamentos, o que tem diminuído a área de mata ciliar. Na época em que a área denominada pelos moradores como Laurimar foi devastada e ocupada, a Semma identificou e autuou alguns dos responsáveis. “Há alguns meses atrás fizemos uma ação lá, inclusive com o apoio da Polícia Militar, Ibama e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Conseguimos identificar quem estava atuando na área. Procedemos a notificação e multa a algumas dessas pessoas e encaminhamos ao Ministério Público”, conclui Arley Lemos.