
O
primeiro ponto visitado foi uma casa, na qual a areia colocada no
terreno impedia o escoamento da água, ocasionando inundações nas casas
vizinhas. Mais adiante, no bairro Nova Vitória, a rua em frente à
Unidade Básica de Saúde também alaga quando chove. O terceiro ponto
vistoriado foi a APP.
Segundo
a Defesa Civil, a quantidade de moradores nessas situações está sendo
levantada e um relatório sendo elaborado para um plano de ação nesses
locais. “A gente verificou as casas irregulares no Lago do Papucu e
também a enchente que alaga algumas casas. Antes tinha como escoar.
Agora, como foi fechado o terreno, a água foi invadindo as casas. A
gente vai ver a questão das pontes, que falta madeira, vão retirando e
fica difícil a passagem das pessoas”, afirmou a coordenadora da Defesa
Civil, Laura Lopes.
Em
relação ao crime ambiental no Lago do Papucu, a Semma alerta. “Já vem
ocorrendo há vários anos, o povo se instalando aqui dentro da Área de
Preservação Permanente, ao longo da margem do igarapé. A gente está
anotando essas demandas e vamos levar para a secretária para ver quais
são as providências. Existe uma punição: primeiro a desobstrução, que é
tirar todo mundo aqui da invasão; em seguida, notificar e, se for o
caso, autuar com multa todos os moradores que aqui estão”, destacou o
chefe da Divisão de Fiscalização da Semma, Vianey Pinto.
De
acordo com a Defesa Civil, Santarém possui 23 áreas de risco. A
intenção é vistoriar o maior número possível de locais ainda em janeiro,
focando no trabalho de prevenção de tragédias antes de as chuvas
ficarem mais frequentes. Nestes primeiros 18 dias do ano, o órgão já
vistoriou casas que alagam durante as chuvas, na Rua Pau Brasil, bairro
Floresta; os riscos de desmoronamento na área da serra no bairro
Matinha, além de uma ocupação irregular no Igarapé do Águia, no mesmo
bairro; e o alagamento nas casas do Residencial Salvação, na noite de
terça-feira (17).
Texto: João Machado – Assessora de Comunicação da Prefeitura de Santarém
Foto: Rony Aires