Segundo relatos da genitora, sua filha
está enfrentando problema de saúde, e há dias tentava marcar consulta
com um médico. Quando finalmente conseguiu, veio a frustração de não ter
sido atendida, pois não teve como entrar na unidade de saúde.
“Sabemos que não é somente aqui neste
prédio, porém, este local, especialmente é frequentado por pessoas
idosas, com deficiência física, mães grávidas ou com crianças
recém-nascidas, com carrinho, tem dificuldades. Então, penso que adaptar
o prédio seja uma prioridade, uma vez que é atendido esse perfil de
pessoas”, diz a mãe da cadeirante.
Conforme citado por ela, é de revoltar,
que por causa de uma simples obra, as pessoas não possam ter acesso a
serviços de saúde. No entanto, surgiu uma esperança, já que o atual
Secretário Municipal de Saúde, Dr. Edson Filho, que também é cadeirante,
possa como gestor, ter a sensibilidade em relação à causa, e determine
que o caso seja resolvido.
AGENDAMENTO DE CONSULTAS: Conforme
relatos de alguns pacientes, o procedimento para marcar consultas com
médico na Unidade de Saúde do Aeroporto Velho é muito precário. Além de
contar com poucos profissionais, a pessoa que necessita de uma consulta,
tem apenas um dia da semana para tentar agendar. “Quem precisa de
consulta com médico, tem que vir apenas em um dia da semana, e bem cedo,
para poder conseguir uma ficha para agendar o atendimento na semana
seguinte”, reclama a dona de casa Simone Santos, que por diversas vezes,
mesmo chegando cedo, ainda não conseguiu marcar uma consulta para o
filho.
SISTEMA ELETRÔNICO:
Outra dificuldade, que não é somente na Unidade de Saúde do Aeroporto
Velho, mas em todas unidades do Município, é sobre a implantação do
Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), que é uma plataforma digital
ofertada gratuitamente pelo Ministério da Saúde, que reúne o histórico,
os dados e os resultados de exames dos pacientes do Sistema Único de
Saúde (SUS), atendidos na Atenção Básica. O prontuário também permite a
verificação, em tempo real, da disponibilidade de medicamentos ou mesmo o
registro das visitas de agentes de saúde, melhorando o atendimento ao
cidadão. A transmissão 100% digital dos dados da rede municipal à base
nacional possibilita, ainda, que o Ministério da Saúde confira, on-line,
como são investidos os recursos do SUS. Os municípios também podem
utilizar versões próprias ou privadas. Segundo o MS, a apresentação da
justificativa não isentará o Município de implantar o sistema, do mesmo
modo que não garantirá a manutenção do repasse do Piso de Atenção Básica
Variável. Esse recurso é aplicado no custeio dos atendimentos de
pediatria e vinculados a programas, como Saúde da Família e Brasil
Sorridente. Por ano, são transferidos cerca de R$ 10 bilhões para esses
serviços. A medida ajudará a reduzir custos, evitando a duplicidade de
exames ou retiradas de medicamentos. Em Santarém, a compra dos
equipamentos ainda não tem previsão para acontecer. Mas deve ser
implantado ainda em 2017.
Por: Edmundo Baía Júnior