sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Cadeirante denuncia falta de acessibilidade

Segundo relatos da genitora, sua filha está enfrentando problema de saúde, e há dias tentava marcar consulta com um médico. Quando finalmente conseguiu, veio a frustração de não ter sido atendida, pois não teve como entrar na unidade de saúde.
“Sabemos que não é somente aqui neste prédio, porém, este local, especialmente é frequentado por pessoas idosas, com deficiência física, mães grávidas ou com crianças recém-nascidas, com carrinho, tem dificuldades. Então, penso que adaptar o prédio seja uma prioridade, uma vez que é atendido esse perfil de pessoas”, diz a mãe da cadeirante.
Conforme citado por ela, é de revoltar, que por causa de uma simples obra, as pessoas não possam ter acesso a serviços de saúde. No entanto, surgiu uma esperança, já que o atual Secretário Municipal de Saúde, Dr. Edson Filho, que também é cadeirante, possa como gestor, ter a sensibilidade em relação à causa, e determine que o caso seja resolvido.
AGENDAMENTO DE CONSULTAS: Conforme relatos de alguns pacientes, o procedimento para marcar consultas com médico na Unidade de Saúde do Aeroporto Velho é muito precário. Além de contar com poucos profissionais, a pessoa que necessita de uma consulta, tem apenas um dia da semana para tentar agendar. “Quem precisa de consulta com médico, tem que vir apenas em um dia da semana, e bem cedo, para poder conseguir uma ficha para agendar o atendimento na semana seguinte”, reclama a dona de casa Simone Santos, que por diversas vezes, mesmo chegando cedo, ainda não conseguiu marcar uma consulta para o filho.
SISTEMA ELETRÔNICO: Outra dificuldade, que não é somente na Unidade de Saúde do Aeroporto Velho, mas em todas unidades do Município, é sobre a implantação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), que é uma plataforma digital ofertada gratuitamente pelo Ministério da Saúde, que reúne o histórico, os dados e os resultados de exames dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), atendidos na Atenção Básica. O prontuário também permite a verificação, em tempo real, da disponibilidade de medicamentos ou mesmo o registro das visitas de agentes de saúde, melhorando o atendimento ao cidadão. A transmissão 100% digital dos dados da rede municipal à base nacional possibilita, ainda, que o Ministério da Saúde confira, on-line, como são investidos os recursos do SUS. Os municípios também podem utilizar versões próprias ou privadas. Segundo o MS, a apresentação da justificativa não isentará o Município de implantar o sistema, do mesmo modo que não garantirá a manutenção do repasse do Piso de Atenção Básica Variável. Esse recurso é aplicado no custeio dos atendimentos de pediatria e vinculados a programas, como Saúde da Família e Brasil Sorridente. Por ano, são transferidos cerca de R$ 10 bilhões para esses serviços. A medida ajudará a reduzir custos, evitando a duplicidade de exames ou retiradas de medicamentos. Em Santarém, a compra dos equipamentos ainda não tem previsão para acontecer. Mas deve ser implantado ainda em 2017.

Por: Edmundo Baía Júnior