Fugindo da crise econômica da Venezuela, cerca de 400 indígenas da etnia warao imigraram para Manaus nos últimos meses

Índios venezuelanos da etnia Warao
ficam acampados em frente à rodoviária de Manaus (AM) - (Edmar Barros/Futura Press/Folhapress)
Segundo a prefeitura, cerca de 400 índios da etnia warao imigraram para Manaus desde dezembro do ano passado e se alojaram em condições precárias nas proximidades da rodoviária da cidade. Logo que chegaram, o grupo sofreu com surtos de catapora e tuberculose.
No decreto, a gestão do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) escreveu que tomou a medida devido à possibilidade de disseminação de doenças oportunistas entre os imigrantes e os nativos e a “carência de habilidades profissionais e diversidade linguística dos indígenas que os levam ao estado de prostração e mendicância”, conforme o texto.
“Considerando o agravamento da situação no Município de Manaus, ante ao inesperado e rápido aumento do número de imigrantes que chegaram ao município, triplicando o contingente de estrangeiros, sem que possuam meios e condições para sua manutenção”, diz o texto em uma das justificativas.
O estado de emergência é um instrumento usado pelos poderes municipal ou estadual para definirem um regime especial de normas em casos de desastre. O prefeito de Manaus, por exemplo, dispensou a necessidade de licitação para contratar serviços que atendam aos indígenas.