PROGRAMAÇÃO DE ANIVERSÁRIO DO CENTRO CULTURAL JOÃO FONA TERÁ LANÇAMENTO DE PROJETO DO IHGTAP, EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA E VISITAÇÃO AO FÓSSIL DA BALEIA MI
CCJF completou 26 anos noe domingo (27). Sala de Curiosidades, onde está o fóssil do animal, será aberto.
O Centro Cultural João Fona (CCJF) completou 26 anos no domingo (27).
Para comemorar, a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria
Municipal de Cultura (Semc), realiza uma programação com exposição
fotográfica, lançamento de revista e visitação aos fóssil da baleia
minke e outros itens que estão na Sala de Curiosidades do local.
A abertura será às 18h. A exposição fotográfica denominada “Lente do
Amor”, de Manassés Lobo, inicia às 18h30. Ele é fotógrafo profissional,
natural de Itaituba, que mora em Santarém. Cursou a Societé
Genevoise de Photographie em Genebra (Suíça), onde iniciou a carreira.
Especializou-se em fotos de casamento na Escola de Fotógrafos de Porto
Alegre (RS) e em Curitiba (PR). Hoje, atua na região do Tapajós e em
outras cidades brasileiras, captando momentos e emoções com sua “Lente
do Amor”, parafraseando o compositor Gilberto Gil.
Estão programados ainda o lançamento da 5ª edição da Revista do
Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGTap), além do lançamento
do projeto “Canhões da Fortaleza”, que foi elaborado pela historiadora
Terezinha Amorim, atual presidente do IHGTap, para resgatar um dos mais
marcantes momentos da história da Amazônia, que foi na ocupação pelos
portugueses durante o Brasil-Colônia. A ideia é reviver um cenário
existente há 150 anos, com a recomposição parcial do conjunto
arquitetônico da antiga Fortaleza do Tapajós, onde hoje se encontra o
logradouro público da cidade de Santarém (PA), denominado Mirante do
Tapajós. O projeto pretende organizar a trasladação de quatro dos seis
canhões de guerra calibre 6, enviados pelo Imperador Dom Pedro II, em
1867, como parte de um novo plano de fortificação da região do Baixo
Amazonas que, naquele momento, contava apenas com a fortaleza de Óbidos.
A Fortaleza do Tapajós, que representou o poder político e militar
português em Santarém, foi inaugurada em 1697, sem estar concluída e, em
razão da constatação da sua ineficiência, teve seus trabalhos
paralisados e acabou em ruínas, sem condições de receber os canhões que
foram abandonados em uma rua no centro da cidade, onde permaneceram por
quase um século, até serem colocados em alguns locais sem nenhum
significado histórico como o Aeroporto Internacional de Santarém e a
área do antigo Centro Tecnológico Madeireiro da Superintendência de
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), onde hoje se encontra o Campus
Tapajós, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
Haverá também apresentação da Orquestra Filarmônica, com repertório
regional e participação da cantora Maria Lídia, que interpretará a
música “Minke subiu”.
A Sala de Curiosidades, onde está o fóssil da baleia Minke será aberta
para visitação. O mamífero encalhou no dia 14 de novembro de 2007 no Rio
Tapajós, na comunidade Piquiatuba, em Belterra. Profissionais de meio
ambiente e parceiros monitoraram o animal durante dias, até a morte, no
dia 20 de novembro de 2007, na comunidade São José do Arapixuna. No
local, foi realizada a necropsia do animal e constatado o suposto motivo
da morte: hemorragia abdominal, causada por forte contusão,
provavelmente devido à colisão com alguma embarcação. O encalhe de
baleias em águas interiores é um fenômeno curioso e muito raro. A minke
percorreu mais de 1 mil km, desde a foz do Rio Amazonas até o Rio
Tapajós, sendo a maior distância percorrida, já registrada, por uma
baleia em águas interiores. O fóssil do animal foi montado e ficou
exposto no Centro Cultural João Fona (CCJF), até a última reforma do
prédio, quando a Prefeitura de Santarém solicitou à Ufopa o desmonte e a
guarda de todos os ossos. Em março deste ano, a Secretaria Municipal de
Cultura (Semc) solicitou da reitoria da universidade a devolução e a
remontagem do fóssil no CCFJ. A “Sala de Curiosidades”, onde o fóssil da
baleia está, encontra-se totalmente higienizado e devidamente montado.
CCFJ
Em 1853, o prédio foi construído para ser a Câmara Municipal, no local onde foi denominado Praça da Municipalidade, hoje Praça Barão de Santarém. Foi a sede da Prefeitura até 1991, quando o local foi transformado no Espaço Cultural João Fona, hoje Centro Cultural.
Em 1853, o prédio foi construído para ser a Câmara Municipal, no local onde foi denominado Praça da Municipalidade, hoje Praça Barão de Santarém. Foi a sede da Prefeitura até 1991, quando o local foi transformado no Espaço Cultural João Fona, hoje Centro Cultural.
O local leva o nome do pintor e violonista João Batista Pereira Fona,
que nasceu em 1901 e foi o precursor das cuias pintadas a óleo com
paisagens amazônicas, de acordo com o livro “Santarém: momentos
históricos”, de Wilde Fonseca. João Fona morreu em 1964 em São Paulo.
Programação
18h às 18h30 – Abertura com representante da Semc e da Ufopa
18h30 às 19h – Abertura da exposição fotográfica ‘Lente do amor’
19h às 19h30 – Lançamento da 5ª edição da revista do IHGTap e do projeto “Canhões da Fortaleza”
19h30 às 20h – Abertura da Sala de Curiosidades (baleia Minke, artefatos indígenas Uai-Uai, entre outros)
20h às 20h30 – Apresentação da Orquestra Filarmônica e da compositora/intérprete Maria Lídia
20h30 às 21h – Parabéns ao Centro Cultural João Fona
18h às 18h30 – Abertura com representante da Semc e da Ufopa
18h30 às 19h – Abertura da exposição fotográfica ‘Lente do amor’
19h às 19h30 – Lançamento da 5ª edição da revista do IHGTap e do projeto “Canhões da Fortaleza”
19h30 às 20h – Abertura da Sala de Curiosidades (baleia Minke, artefatos indígenas Uai-Uai, entre outros)
20h às 20h30 – Apresentação da Orquestra Filarmônica e da compositora/intérprete Maria Lídia
20h30 às 21h – Parabéns ao Centro Cultural João Fona
Texto: João Machado – Assessor de Comunicação da Prefeitura de Santarém
Fotos: AD Produções