
Vereador diz que Simão Jatene faz “pouco caso” com Santarém e região Oeste
O vereador Dayan Serique, em contato com
nossa reportagem, lamentou o que ele chamou de “pouco caso” que o
Governo do Estado estaria fazendo em relação a Santarém e à região Oeste
do Pará. Segundo ele, há várias obras paradas sob promessas da
administração Jatene, que depois de 10 anos teria inaugurado a Escola
Tecnológica, exemplificando que esta teria sido a última obra do
Executivo Estadual no Município.
Dayan chamou a atenção, especialmente, à
questão da saúde. Ele relatou a situação envolvendo o Instituto de
Assistência dos Servidores do Pará (IASEP), o qual estaria descontando
valores, automaticamente, no contracheque dos servidores, mas não o
estaria repassando às empresas conveniadas em Santarém, entre clínicas,
hospitais e laboratórios.
Segundo o Vereador, que também é
servidor público estadual, a região comporta 125 mil servidores do
Estado, que perfazem o total de R$ 1.700.000,00 em arrecadação. Serique
lançou, então, o questionamento: “Para aonde vai esse recurso?”.
O parlamentar afirmou que o problema
ocorre há quatro meses, e pontuou que haveria uma justificativa do
Instituto de que ocorreria inadimplência na região, o que Dayan rechaçou
reafirmando o desconto compulsório nos vencimentos dos servidores.
Ainda, de acordo com o Vereador, a mesma situação não ocorre em Belém,
onde, segundo ele, os serviços conveniados funcionam normalmente e a
contento. “O governo [estadual] trata o servidor do Estado do interior
com descaso”, denunciou.
Ainda sobre o assunto, Serique enfatizou
que não estaria responsabilizando os donos de laboratório, clínicas e
hospitais. Para ele, os empresários não seriam culpados, “porque se não
trazerem à tona vão receber”. O Vereador informou que deverá organizar
uma comitiva para ir à capital do Estado buscar resolução ao problema.
O segundo vice-presidente da Mesa
Diretora da Câmara contextualizou a questão com a situação geral da
saúde no Município, citando uma promessa do Governo Estadual de receber o
serviço de Hemodiálise em 60 dias, o que não teria acontecido até o
momento. O Vereador apontou que o Executivo Municipal estaria tendo que
bancar um ‘quarto turno’ para suprir a necessidade desse tipo de
atendimento, e criticou o governador Simão Jatene que estaria dizendo
que o Pará é um Estado saneado. “O Estado não tem que enriquecer, tem
que promover saúde, educação”, finalizou Dayan Serique.
OBRAS PARADAS: Na
região Oeste do Pará se aproxima mais uma eleição ao governo do Estado,
depois de ter visto de perto a reeleição do governador Simão Jatene, que
em campanha eleitoral visitou vários municípios da região, com
promessas de ações para melhorar a infraestrutura e a qualidade de vida
da população, inclusive, pregava seu comprometimento em trabalhar de
forma descentralizada. No entanto, até agora pouco foi feito. O
Governador continua a ignorar e maltratar a população do Oeste do Pará,
que foi iludida com as promessas feitas durante a campanha eleitoral.
Em Santarém, cidade Pólo da região, não é
diferente, mesmo se tratando de um Município com mais de 300 mil
habitantes, relevante para economia do Estado, fonte futura de diversos
investimentos privados, que prometem resultar de vez no desenvolvimento
da região, o Governador faz questão de não resolver nada.
Em cada obra, as placas são obrigação
legal e é necessário ter as informações relativas ao investimento
realizado naquele projeto, citando no mínimo, o valor total da obra,
órgão a qual pertence a despesa, data de início e término, bem como a
empresa executora. As placas do governo do Estado acrescentam ainda a
frase: “O imposto que você paga está aqui”. O que poderia soar como uma
ousadia, resultado do excelente trabalho que o governo vem
desenvolvendo, vira piada daquelas de muito mau gosto. Se o dinheiro
está aqui, por que a obra se encontra paralisada?
A cada dia cresce a insatisfação da
população, que está cansada de esperar a retomada de tais investimentos.
Em Santarém é grande o número de projetos não concluídos. O Estádio
Colosso do Tapajós, Ginásio Poliesportivo, Obras da Cosanpa e reformas
em algumas escolas são exemplos da falta de zelo na utilização do
dinheiro público.
Quanto à situação das obras é a mesma
para todas, possuem como características principais: O abandono dos
canteiros de obras, empresas que não pagam os funcionários por meses,
fornecedores que levam calote, e depredação do que já havia sido
construído.