
O Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal
fizeram a maior apreensão de madeira nativa da Amazônia já realizada no
estado de São Paulo. Em maio, agentes da operação de combate a fraudes
no sistema do Documento de Origem Florestal identificaram cerca de 1,7
mil metros cúbicos de madeira nativa, retirados ilegalmente.
De acordo com o Ibama, a mercadoria,
avaliada em R$ 10 milhões, equivale a 72 carretas carregadas. Uma
empresa exportadora de madeira processada foi autuada em quase R$ 700
mil no município de Tietê. A empresa está suspensa pelo Ibama e proibida
de realizar novas movimentações de madeira.
O coordenador de operações e
fiscalização do Ibama, Roberto Cabral, ressalta a importância de
desarticular um esquema de fraudes que encobria madeira nativa da
Amazônia de origem ilegal. “A exploração ilegal, que é a retirada da
matéria na mata, é uma das etapas que precede o desmatamento em si.
Então é muito importante que a gente tenha uma segurança em que a
madeira que chega à serraria ela tenha origem legal para que no futuro a
gente também consiga saber que essa madeira não está sendo percursora
de uma futura derrubada”, diz.
A operação de apreensão de madeira em
São Paulo foi deflagrada no dia 24 de maio e resultou no cumprimento de
13 mandados de prisão temporária e 9 de busca e apreensão. Os mandados
foram cumpridos nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Osasco,
Tietê e Piracicaba.
Além das sanções administrativas
impostas pelo Ibama, os responsáveis pelas fraudes responderão pelos
crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, inserção de dados
falsos em sistemas de informação oficiais, corrupção passiva, ativa e
violação de sigilo de dados.
Fonte: Agência Brasil