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"O incentivo maior é que as mulheres
possam empoderar-se e denunciar seus agressores através do 180. Até
mesmo vizinhos, parentes ou amigos que saibam da violência podem
denunciar. Não podemos permitir que elas pensem que estão sozinhas nas
mãos de seus agressores. Santarém tem uma rede fortalecida trabalhando
em conjunto diariamente para atender essa mulher. Temos o Centro de
Referência Especializado de Atendimento á Mulher - Maria do Pará, Centro
de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Tribunal de
Justiça (TJPA), Ministério Público do Pará (MPPA), Delegacia
Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) PROPAZ e Unidade de
Acolhimento – Abrigo Estadual de Mulheres em Situação de Violência
Doméstica diariamente recebendo essa demanda. É importante destacar que
não é só a mulher que vive em situação de vulnerabilidade social que
sofre com a violência doméstica, a violência doméstica também acontece
na famílias de maior poder aquisitivo", observou a Secretária Municipal
de Trabalho e Assistência Social Celsa Brito.
Entende-se por violência contra a mulher
qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte,
sofrimento físico, sexual ou psicológico, dano moral e patrimonial,
esporádico ou de repetição, cometido por desconhecidos ou conhecidos de
relações de afeto e confiança e/ou de trabalho, no âmbito público ou
privado. São tipos de Violência contra a Mulher:
Violência Física:
entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal, tais como: lesão corporal, homicídio (matar ou tentar matar
com golpes de faca, esganadura, dispara de arma de fogo, afogamento
envenenamento), etc.
Violência Moral: qualquer conduta que configure calúnia, difamação (xingamento, insultos, agressões verbais) ou injúria.
Violência Psicológica:
toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à autoestima, a
identidade, à liberdade ou ao desenvolvimento da pessoa abrangendo
ameaças, humilhações, chantagens, discriminação cobranças ou controle de
comportamento.
Violência Sexual:
constranger a presenciar, manter ou a participar de relação sexual não
desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.
Violência Patrimonial:
reter, subtrair, destruir, parcial ou totalmente objetos (móveis dentro
da casa), instrumento de trabalho, documentos pessoais (queimar, rasgar
carteira de trabalho, de habilitação, certidões de casamento e
nascimento, etc.).
O Centro de Referência Especializado de
Atendimento á Mulher - Maria do Pará é administrado pela Prefeitura de
Santarém por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência
Social (Semtras). Conta com uma equipe completa para atendimentos,
coordenação, assistente Social, pedagoga, psicóloga e advogada.
O Centro é um espaço de acolhimento que
proporciona o atendimento necessário à superação da situação de
violência ocorrida, contribuindo para o fortalecimento da mulher e o
resgate da sua cidadania e autoestima ele consiste em fazer cessar a
situação de violência vivenciada pela mulher atendida sem ferir o seu
direito à autodeterminação, porém promovendo meios para que ela
fortaleça sua autoestima e tome decisões relativas à situação de
violência por ela vivenciada. Ressalta-se que o foco da intervenção do
Centro de Referência é prevenir futuros atos de agressão e de promover a
interrupção do ciclo de violência.
O Centro Maria do Pará e a promotoria de
Santarém recebem denúncias, encaminham casos para os demais integrantes
da rede, como o Abrigo Estadual e os Centros de Referência em
Assistência Social (Cras), Secretaria Municipal de saúde (Semsa) e
outros que podem prestar apoio psicológico e tratamentos também contra
álcool e drogas para o agressor.
Atualmente o Centro de Referência
Especializado de Atendimento á Mulher- Maria do Pará está funcionando em
sala anexa ao Creas na Av. Rosa Vermelha, n.703 – Bairro Aeroporto
Velho e funciona de segunda a sexta-feira de 8h ás 14h.
Geisa de Oliveira
Agência Santarém