
De acordo com a coordenadora do Centro de Referência Especializado de Atendimento a Mulher Maria do Pará, Diany Castro, esses dados são considerados um grande avanço no conhecimento das diferentes formas de violência. "Isso prova que ao menor sinal de violência a mulher está denunciando seu agressor. Antigamente só se conhecia um tipo de violência que era a violência física. Com as campanhas que a Prefeitura de Santarém realiza estamos cada dia avançando, esclarecendo que quando o marido, companheiro ou namorado causam constrangimentos, ridicularização, dano emocional e perseguição, são configurados como violência psicológica e também violência moral que é entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria."

O Centro Maria do Pará, em Santarém, quando recebe um caso de violência doméstica trabalha com toda a família (vítima, crianças e agressor), por meio do Projeto "Mediar para Transformar". O Projeto é realizado dentro do Centro e presta atendimento também ao agressor, pois a equipe entende que o homem também precisa do acompanhamento. "Se não cuidarmos dos homens a violência só irá mudar de vítima e endereço. No ano de 2018 foram atendidos 98 homens," informou Diany Castro, coordenadora do Centro.


"Muitas mulheres vítimas de violência já estão caminhando sozinhas sem depender de ninguém. Conseguiram aprender com nossos cursos e estão gerindo seus próprios negócios, algumas já não dependem mais totalmente de seus companheiros, o que são resultados importantes que nos revigora para que possamos buscar essas parcerias e apoiar nossas mulheres vítimas de violência doméstica. Agradecemos todo o apoio e também ao trabalho realizado por nossa equipe do Maria, a coordenação, psicóloga, advogada, assistente social e pedagoga, que incansavelmente trabalham para termos bons resultados em nosso município", agradeceu Celsa Brito, Secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social.
Segundo a Psicóloga do Maria do Pará, Elaine Silva, a família, os amigos e os vizinhos devem estar atentos e ajudar a vítima. "Cuidado, você pode estar sendo vítima de um tipo de violência. O relacionamento deixa de ser saudável quando se transforma em um jogo de manipulação, poder e chantagem emocional. Isolar a mulher do convívio social e desqualificá-la em público também são sinais de violência. Conforme ganha espaço, o agressor tende a evoluir para agressões verbais e físicas. Pedir perdão e prometer que a violência não voltará a ocorrer são formas que o agressor encontra para desencorajá-la a pedir ajuda. Caso você vivencie algum tipo de violência independentemente do tipo de parentesco, você deve procurar ajuda. O silêncio facilita que a violência se perpetue."

Atendimentos realizados em 2017 e 2018
Segundo dados da Vigilância Socioassistencial de Santarém, em 2017 foram realizados 1.660 atendimentos técnicos. Em 2018 caiu para 1.491 atendimentos. As maiores demandas foram para os atendimentos psicológicos e moral e orientação jurídica. Dos 1.491 atendimentos, 313 foram psicológicos e 602 jurídicos.
Segundo dados da Vigilância Socioassistencial de Santarém, em 2017 foram realizados 1.660 atendimentos técnicos. Em 2018 caiu para 1.491 atendimentos. As maiores demandas foram para os atendimentos psicológicos e moral e orientação jurídica. Dos 1.491 atendimentos, 313 foram psicológicos e 602 jurídicos.
Sobre o Centro Maria do Pará
O Centro de Referência Especializado de Atendimento a Mulher Maria do Pará é administrado pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras) e está funcionando na Travessa Professor Luiz Barbosa anexo ao Creas.
O Centro de Referência Especializado de Atendimento a Mulher Maria do Pará é administrado pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras) e está funcionando na Travessa Professor Luiz Barbosa anexo ao Creas.
Desde 2017 o Centro participa de dois projetos que trazem a comunidade santarena palestras, rodas de conversas, atendimentos psicológicos, cidadania e social, no Programa Prefeitura nos Bairros (PPB) e no Projeto Rede Itinerante. Ambos os projetos vão até a comunidade, seja na área urbana, rural, planalto ou de rios, levar a população todos os esclarecimentos e os devidos encaminhamentos de acordo com cada situação.
Entenda sobre os Programas que o Centro participa para trabalhar ações de combate à violência contra a mulher
O Programa Prefeitura nos Bairros (PPB) - O PPB, como é carinhosamente chamado, é um projeto criado no primeiro ano de gestão em 2017 do Prefeito Nélio Aguiar. A iniciativa integra a política de inclusão do governo, cujo o foco principal é a gestão participativa. O Projeto leva atendimentos importantes nas áreas da saúde, educação, cidadania, esporte, assistência social, entre outros, aos lugares mais distantes da área urbana do município. O Centro de Referência Maria do Pará em 2018 realizou no PPB, 1.007 atendimentos específicos a mulheres.
O Projeto Rede Itinerante de Serviços pelo Combate a Violência Doméstica - foi idealizado em 2014 pela promotora de justiça da vara de Violência Doméstica, Luziana Barata Dantas, e conta apoio da Prefeitura de Santarém na sua operacionalização. O projeto leva ações de saúde, cidadania, social, jurídica, rodas de conversa, atendimento individualizado as mulheres vítima de violência. O projeto é realizado duas vezes por ano e leva às comunidades distantes do centro urbano os serviços da rede de proteção à mulher. Já foi levado ao Urucureá, São Raimundo da Palestina, São Raimundo do Eixo Forte , Ituqui, São José, Residencial Salvação e Perema.
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Geisa de Oliveira Agência Santarém