quarta-feira, 27 de março de 2019

ALERTA GERAL!!!!!

Imagens do satélite Landsat coletadas durante 33 anos (1985 a 2017), novas tecnologias de processamento de dados em nuvens de computadores e a análise de pesquisadores revelam a transformação na superfície de água na Amazônia – rios, lagos, áreas úmidas inundáveis. Os resultados obtidos pelo WWF-Brasil e Imazon, no âmbito do Projeto MapBiomas, com apoio do Google Earth Engine, apontam tendência de redução da superfície hídrica. Em média foram perdidos 350 Km2 ao ano de área coberta por ambientes aquáticos na Amazônia brasileira. O estudo foi publicado na terça-feira passada, dia 19, na edição especial da revista científica Water (MDPI), trazendo dados inéditos para o bioma. 

Bernardo Caldas, analista do Programa de Ciências do WWF-Brasil, e Carlos Souza, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), dois dos autores do estudo, explicam que existe uma correlação entre a perda de superfície de água na região Amazônica e a construção de hidrelétricas e desmatamento, impactando todo o sistema. Os efeitos cumulativos dos barramentos de rios podem levar os cursos d'água a um colapso e assim interferir na bacia hidrográfica como um todo. As áreas mais afetadas são as várzeas e lagoas que se formam com as cheias e vazantes dos rios. É que a bacia amazônica forma uma rede de ecossistemas aquáticos, diferenciados e interligados, fundamentais para a biodiversidade. A perda do habitats põe em risco botos, peixes (incluindo os ornamentais) e quelônios, entre muitas outras espécies cuja reprodução depende desses locais, verdadeiros berçários da vida. Consequentemente, as comunidades humanas também serão afetadas. Cliquem aqui para acessar o estudo completo.