quinta-feira, 19 de setembro de 2019

APA Alter do Chão teve 1.175,68 hectares de área queimada

Informações foram analisadas pelo sistema de georreferenciamento do Centro Municipal de Informação e Educação Ambiental (CIAM)

Fogo consumiu 1.175,68 hectares de área na APA Alter do Chão. Foto-Lab. Georreferenciamento Semma/CIAM
Dados atualizados pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), apontam que o fogo consumiu 1.175,68 hectares da Área de Proteção Ambiental de Alter do Chão (APA Alter do Chão), o equivalente a 1000 campos de futebol (exatos 1.088,6 campos).
As informações foram analisadas pela equipe do Laboratório de Georreferenciamento do Centro Municipal de Informação e Educação Ambiental (CIAM), a partir de imagens do satélite “Planet Datum-Sirgas 2000” do sistema de “Olho na Floresta”.
Segundo a secretária de Meio Ambiente, Vânia Portela, além das investigações sobre as causas do incêndio, os trabalhos, agora, serão voltados para a identificação de espécies vegetais atingidas, animais mortos, assim como serão reforçadas ações de educação ambiental.
“Queimada é crime. A população precisa entender o mal que está causando para si, ao meio ambiente, tem pena de multa alta, responde administrativamente e criminalmente. A gente faz esse apelo a todos”, alertou a secretária.
Os focos de incêndio na APA estão controlados. As informações foram confirmadas pelo comandante do 4º Grupamento de Bombeiros Militar (4º GBM), tenente-coronel Ney Tito.
Focos de incêndio da Apa Alter do Chão estão controlados. Foto: Zé Correa
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No local, o helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Estado do Pará (Graesp) ainda realiza sobrevoo e em caso de qualquer novo foco, a aeronave ou equipes, por terra, farão a contenção.
Graesp continua na área realizando monitoramento. Foto: Júlio César Antunes
Força-tarefa
Os focos iniciaram no sábado (14), foram contidos no domingo (15), mas devido a forte estiagem que atinge a região, as chamas acabaram retornando na segunda-feira (16). Uma força-tarefa foi formada pela Prefeitura de Santarém, justamente para conter as queimadas na área. Mais de 200 pessoas entre civis, bombeiros, militares, agentes ambientais e prefeitura atuaram nos trabalhos de eliminação das chamas.
Gestão municipal montou força-tarefa.
Um Inquérito foi aberto pela Delegacia de Conflitos Agrários, da Polícia Civil do Baixo Amazonas, para apurar se o incêndio foi causado por ação humana.
Estão engajados no combate aos incêndios as equipes da Prefeitura de Santarém, por meio das Secretaria de Meio Ambiente (Semma), Infraestrutura (Seminfra), Saúde (Semsa), Agricultura e Pesca (Semap) e Defesa Civil; além da Câmara de Vereadores de Santarém; Centro Regional de Governo do Baixo Amazonas (CRGBA); 4º Grupamento de Bombeiros Militar (4º GBM); Brigada de Incêndio de Alter do Chão; Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Estado do Pará (Graesp); Exército Brasileiro; Associação dos Militares Reservistas do 8º BEC, Associação de Turismo Fluvial da Vila de Alter do Chão (Atufa) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Crime ambiental
Queimada é crime ambiental. Conforme a Lei Federal de Crimes Ambientais nº 9.605/1998, o criminoso está sujeito à prisão de 1 a 4 anos, além de multa que varia de R$ 5 mil a R$ 50 milhões de Reais.

Júlio César Antunes Agência Santarém