terça-feira, 11 de maio de 2021

Projeto “Ronda Escolar” articula ações de combate ao abuso e exploração infantil e tráfico

  

O Projeto “Ronda Escolar”, de iniciativa do 35° Batalhão de Polícia Militar em parcerias com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS); Centro de Referência e Assistência Social (CRAS); Centro de Atenção de Atenção Psicossocial (CAPS) e Conselho Tutelar, tem o objetivo de articular ações no combate ao abuso e exploração sexual infantil e tráfico.

Na última semana foi realizada uma reunião com a participação da Juíza da Infância e da Juventude, Kariza Sales, e da Dra. Raimunda, da Promotoria que envolve o trabalho infracionário como o de proteção para firmar parcerias e articular ações que envolvam, principalmente, a orientação aos pais.

Segundo o Cabo Glauber, do 35° BPM, o trabalho integrado com os CREAS vem agregando no projeto, e a iniciativa precisa partir das próprias famílias ao perceber determinados comportamentos dos filhos, pois infelizmente a maioria dos pais e responsáveis só procuram ajuda quando a situação está muito avançada,  começam a sumir coisas de casa ou quando a criança ou adolescente é levado para a delegacia com drogas.

“A maioria desses adolescentes participam através de grupos do whatsapp que tem envolvimento com drogas. Infelizmente, não é que o filho queira participar, mas ele é incluído nesses grupos e é aliciado. Porque o tráfico nunca vai falar: “Tu vai morrer”. Não, ao contrário:  “vem, tu vai ganhar dinheiro fácil”, “vai ser bem sucedido”. Só que as consequências, infelizmente eles só descobre depois”, afirmou o Cabo do 35° BPM.

O cabo orienta ainda que toda situação que viole a criança e o adolescente, trabalho infantil ou ato infracional, os pais ou responsáveis devem procurar o CRAS. A orientação também pode ser dada através dos policiais que fazem rondas nos bairros.

Uma das últimas demandas atendidas pelo projeto se tratou de um adolescente que, quando foi solicitada visita até a residência, a avó estava debilitada por conta de o neto ser usuário. Embora a familiar estivesse desconfiada do comportamento agitado e desobediente do jovem, ainda não tinha certeza. Foi através de uma conversa com uma psicóloga do CREA e com demais profissionais do projeto que o adolescente acabou confessando ser usuário e que gostaria de mudar de vida.

Toda essa demanda em favor da população parte de uma força tarefa que visa atender primeiramente a família, pois sem preparo fica quase impossível reabilitar crianças e adolescentes envolvidos com abuso, exploração infantil e droga.

 O projeto “Ronda Escolar” foi inscrito no Prêmio Innovare, que tem como objetivo identificar, divulgar e difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil. Além disso, já foi expandido para outros dois municípios: Mojuí dos Campos e Belterra.

Por: Diene Moura

RG15/O Impacto – Colaborou Lorenna Morena