Redação/DOL
Publicado em:08.03.2024
O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (7/3) , aponta aumento em todo o País no número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).. Foto: Pixabay
O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (7/3) , aponta aumento em todo o País no número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Estados de todas as regiões mostram crescimento, mas com distinções em relação aos vírus respiratórios.
No Centro-Sul prevalece a Covid-19. No entanto, as regiões Sudeste e Sul, além da Covid, apresentam um quadro de influenza (vírus da gripe), demonstrando uma cocirculação. No Nordeste e no Norte a influenza também se destaca pelo crescimento, especialmente na população adulta.
O novo cenário mostra ainda que o vírus sincicial respiratório (VSR) volta a aparecer em diversos estados, afetando crianças pequenas e idosos. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 9, de 25 de fevereiro a 2 de março, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 4 de março.
Além do aumento da Covid-19 e da influenza nas últimas semanas, o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para o crescimento do vírus sincicial respiratório, que afeta mais as crianças e os idosos: “vemos o aumento desse impacto principalmente em crianças pequenas, de até dois anos de idade, mas sabemos também que os idosos têm um risco de vir a falecer por conta do VSR. Então, com a retomada desse vírus, tanto crianças pequenas quanto idosos têm que ficar atentos. E o VSR, em particular, vemos em todas as regiões do país com sinal de retomada, o que pode naturalmente estar associado justamente à volta às aulas, sendo um grande facilitador. Então é um cenário que requer bastante atenção”.
Diante dos contextos, Gomes destaca as principais ações a serem adotadas. Em relação à Covid-19 e à gripe, o pesquisador ressalta que a vacina é uma das principais ferramentas de enfrentamento. “Além disso, é bom lembrarmos que o uso de boas máscaras (N95 e PFF2) funciona para qualquer um desses vírus. Diminui o risco de contrair vírus respiratório, principalmente nas unidades de saúde que, neste momento, estão recebendo muita gente infectada”. Outra recomendação do pesquisador é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriado – especialmente àqueles que fazem parte de grupo de risco –, para seguir com o tratamento adequado à eventual doença.
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