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terça-feira, 24 de setembro de 2024

Situação crítica de escassez hídrica no rio Tapajós, no Pará

 Agência Nacional das Águas declara situação crítica de escassez hídrica no rio Tapajós, no Pará

Segundo órgão, o trânsito aquaviário na região pode ser prejudicado pelos baixos níveis de água
Rio Tapajós — Foto: Marcello Casal Jr/Arquivo/Agência Brasil

AAgência Nacional das Águas (ANA) aprovou nesta segunda-feira a proposta que declara situação crítica de escassez hídrica no trecho baixo do rio Tapajós, que fica entre Itaituba (PA) e Santarém (PA).

Esta foi a primeira vez que a agência usou a medida para reconhecer uma situação de escassez hídrica no rio Tapajós. A declaração tem validade até o dia 30 de novembro.

Segundo o órgão, estudos de institutos de climatologia mostram que entre outubro de 2023 e agosto de 2024 a região registrou chuvas abaixo da média, tendência que persiste no atual período de seca. O Brasil vive a pior seca já registrada no país, segundo o governo.

A ANA alega que os baixos níveis de chuva afetam especialmente o baixo trecho do Tapajós e o trânsito e navegação da população que mora na região e depende do trânsito aquaviário nos municípios paraenses de Itaituba e Santarém.

Na região, o transporte aquaviário desempenha um papel crucial à população.

“Além de possibilitar o escoamento de cargas, os rios são as principais vias de acesso para muitas comunidades amazônicas, permitindo o deslocamento para serviços essenciais como saúde e educação.”

Segundo a agência, a medida foi implementada para aumentar a “segurança hídrica da região e mitigar os impactos dos baixos níveis dos rios sobre os usos da água”. A ANA poderá ainda, se julgar necessário, alterar regras de uso da água e adotar novas medidas para mitigar os impactos da estiagem.

Por lei, a agência é obrigada a “declarar a situação crítica de escassez quantitativa ou qualitativa de recursos hídricos nos corpos hídricos que impacte o atendimento aos usos múltiplos localizados em rios de domínio da União, por prazo determinado, com base em estudos e dados de monitoramento”.

Fonte: O Globo /blogdocolares