O município de Cametá, no Baixo Tocantins paraense, foi sacudido por uma decisão bombástica, hoje, 10: o prefeito reeleito Vitor Cassiano (MDB) teve seu mandato cassado por um crime eleitoral que agora lhe custa caro. O motivo? Uma farra de contratações durante o período eleitoral, com impressionantes 3.300 servidores admitidos de forma irregular, um claro abuso de poder político e econômico para garantir sua vitória nas urnas.
A sentença, decidida por 6 votos a 2 no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), é um tapa na cara de quem acha que pode manipular o jogo democrático e sair impune.
A juíza Filomena Buarque, com firmeza e precisão, foi a voz da guilhotina no julgamento. Seguindo a divergência aberta pelo juiz José Airton Portela, ela não deixou pedra sobre pedra. “Salta aos olhos a quantidade de contratações no período eleitoral do candidato à reeleição”, declarou, baseando-se exclusivamente nas provas dos autos – nada de achismos ou dados soltos.