quinta-feira, 23 de abril de 2009

Grande exemplo pra nação...


ÂNIMOS EXALTADOS NO TRIBUNAL


discussão começou quando Gilmar Mendes afirmou que usar argumento de classe para decidir o sistema de Previdência do Estado do Paraná seria “impopulismo judicial”. Joaquim Barbosa respondeu que a tese do presidente do STF não tinha sido discutido claramente. “Minha tese foi exposta em pratos limpos”, reagiu Mendes, alegando que Barbosa não sabia porque vinha faltando às sessões. Ele alegou que estava de licença e a discussão parou, sendo retomada depois:
GILMAR MENDES – Eu só gostaria de lembrar, em relação a esses embargos de declaração, que esse julgamento iniciou-se em 17/3/2008 e os pressupostos todos foram explicitados, inclusive a fundamentação teórica. Não houve, portanto, sonegação de informação.
JOAQUIM BARBOSA – Eu não falei em sonegação de informação, ministro Gilmar. O que eu disse: nós discutimos naquele caso anterior sem nos inteirarmos totalmente das consequências da decisão, quem seriam os beneficiários. E é um absurdo, eu acho um absurdo.
GM – Quem votou sabia exatamente que se trata de pessoas...

JB – Só que a lei, ela tinha duas categorias.GM - Se Vossa Excelência julga por classe, esse é um argumento...

JB - Eu sou atento às consequências da minha decisão, das minhas decisões. Só isso.

GM – Vossa Excelência não tem condições de dar lição a ninguém.

JB - E nem Vossa Excelência. Vossa Excelência me respeite, Vossa Excelência não tem condição alguma. Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país e vem agora dar lição de moral em mim? Saia à rua, ministro Gilmar! Saia à rua, faz o que eu faço.
GM – Eu estou na rua, ministro Joaquim.

JB - Vossa Excelência não está na rua não, Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso.

AYRES BRITTO – Ministro Joaquim, vamos ponderar.

JB - Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite.

GM - Ministro Joaquim, Vossa Excelência me respeite.MARCO AURÉLIO – Presidente, vamos encerrar a sessão?

JB – Digo a mesma coisa.

MARCO AURÉLIO - Eu creio que a discussão está descambando para um campo que não se coaduna com a liturgia do Supremo.

JB - Também acho. Falei. Fiz uma intervenção normal, regular. Reação brutal, como sempre, veio de Vossa Excelência.

GM - Não. Vossa Excelência disse que eu faltei aos fatos e não é verdade.JB – Não disse, não disse isso.

GM - Vossa Excelência sabe bem que não se faz aqui nenhum relatório distorcido.

JB - Não disse. O áudio está aí. Eu simplesmente chamei a atenção da Corte para as consequências da decisão, e Vossa Excelência veio com a sua tradicional gentileza e lhaneza.

GM - Aaaaah, é Vossa Excelência que dá lição de lhaneza ao Tribunal. Está encerrada a sessão.
Redação: Que coisa feia seus ministros...