quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pará precisa crescer e reduzir a pobreza


Empresário do setor florestal, sindicalista e presidente do Partido Social Liberal (PSL) no Pará, Luiz Carlos Tremonte acredita que o governador eleito Simão Jatene tem um grande desafio pela frente, que é o de traçar e colocar em prática um projeto estratégico de longo prazo que permita ao estado crescer economicamente e, ao mesmo tempo, possa reduzir a pobreza e as desigualdades sociais e regionais. Siga alguns trchos da entrevista do Presidente do PSL no Pará:

PSLNews – Porque o PSL decidiu ficar fora da disputa eleitoral no Pará?
Tremonte – Eu tinha um convite de vários partidos a ser candidato a governador. A executiva nacional do PSL também me fez este convite e eu decidi entrar no partido, que achei muito bom, com os mesmos ideais. Mas a direção do partido aqui no estado nos boicotou e dificultou o lançamento de candidaturas, o partido estava sem estrutura, com as contas reprovadas, sem nomes para disputar os cargos proporcionais.

PSLNews – Qual a sua avaliação do processo eleitoral que se encerrou agora?
Tremonte – Em termos de país vejo que foi muito importante, que o povo cada vez mais está usando de forma inteligente o seu voto. Elegeu a Dilma presidente, por acreditar que tem melhores condições de levar adiante o projeto iniciado pelo Presidente Lula, mas também elegeu um bom quadro da oposição, permitindo assim um equilíbrio de forças que é muito interessante e importante para a democracia.

PSLNews – E aqui no Pará?
Tremonte – Como não participamos do processo eleitoral não me cabe avaliar o desempenho deste ou daquele candidato. Temos a eleição do Jatene, ele vai governar o estado pelos próximos quatro anos e vejo que o grande desafio dele é traçar e colocar em prática um projeto estratégico de longo prazo, que permita colocar o Pará no caminho do crescimento econômico sustentável e que possa reduzir a pobreza, as desigualdades.


PSLNews – Enquanto dirigente de entidades do setor florestal, o senhor foi um dos principais críticos do atual governo. Qual sua avaliação hoje do governo do PT?
Tremonte – Criticamos duramente a atuação do governo na área da gestão ambiental, especialmente no início do mandato da Ana Júlia. Eu sempre fui amigo da governadora.  Quando ela era senadora, ajudou muito o setor florestal paraense em Brasília e o setor apoiou  candidatura dela para o governo convencido de que teria uma política diferente da perseguição que vínhamos sofrendo. Mas quando assumiu, ela não cumpriu com os compromissos e a perseguição continuou. Por isso minhas críticas foram tão duras, nós nos sentimos traídos naquele momento. Agora precisamos reconhecer que com a mudança de secretário de Meio Ambiente, no ano passado, a gestão ambiental melhorou muito, houve um aumento na liberação dos projetos e das licenças ambientais, no entanto a intervenção federal no estado foi grande e brutal e o governo estadual não bateu de frente contra isso. Por isso a Ana Júlia perdeu muito apoio e ficou com a imagem desgastada perante o setor.

PSLNews – Você acha que o novo governador vai ter problemas por ser da oposição a Dilma?
Tremonte – A Dilma venceu a eleição no Pará e acredito que ela não vai colocar em prática a política da vingança. Seria um caminho muito ruim para quem não tem o mesmo carisma do Presidente Lula. Além disso, a Dilma tem um perfil mais técnico do que político e sinceramente não acredito que vá prejudicar o Pará.

PSLNews – Qual deve ser a política do governo federal para o Estado?
Tremonte - O que deve mudar é a gestão ambiental. Não podemos aceitar que nossas empresas sejam invadidas o tempo todo por tropas armadas, não estamos mais na ditadura. Antes de prender, de repreender, o governo deve fazer o dever de casa, ou fazer aquilo que não fez nos últimos 30 anos. Tem que fazer a regularização fundiária, o zoneamento econômico, agilizar o processo de licenciamento ambiental e das concessões florestais, implantar de fato as reservas ambientais e não sair criando áreas de proteção a torto e a direito sem ouvir ninguém. As regiões afetadas pela política ambiental equivocada do governo vivem hoje à beira de um colapso social e a Dilma tem todas as condições de mudar isso de forma eficiente, colocando em prática uma verdadeira política de desenvolvimento sustentável.

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