Redação Época Política
Pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar mostra que pelo menos metade dos parlamentares eleitos é proprietário ou sócio de algum estabelecimento comercial, industrial, de prestação de serviços ou ainda dono de fazenda. De acordo com reportagem do Estadão,a nova bancada empresarial é a maior em mais de duas décadas e somarão 273 integrantes na Câmara e no Senado.
2. Gasto com terceirização cresce 85% no segundo mandato de Lula
Relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) revela que os gastos com terceirização do governo federal tiveram um salto de 85% no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (até 2009), saindo de R$ 7,6 bilhões para R$ 14,1 bilhões. De acordo com reportagem do Estadão, o aumento da despesa de terceirização no segundo mandato de Lula, até o ano passado, foi de 61%. No mesmo período, a despesa de pessoal do governo federal, teve aumento de 43%. Em termos reais, o aumento foi de 24%. Já o número de servidores ativos aumentou em 27,7 mil de 2006 a 2009, saindo de 573,3 mil para 601,1 mil.
3. Sindicalistas detêm 43% da elite dos cargos de confiança
Estudo da cientista política Maria Celina D’Araújo, da PUC-RJ, revela que a presidente eleita Dilma Rousseff herdará a máquina federal com quase a metade da cúpula dos cargos de confiança, sem concurso público, tomada por sindicalistas. Segundo reportagem da Folha, 42,8% dos ocupantes desses cargos atualmente são filiados a sindicatos. Desse total, 84,3% são petistas. Há hoje 1.305 cargos dessa natureza. A remuneração chega a R$ 22 mil mensais.
Sociedade
4. Rio vai aumentar salário se PM matar menos em confronto
Para tentar conter o aumento das mortes em confrontos, o governo do Rio de Janeiro anunciou que instituirá, a partir do ano que vem, premiação para a redução de mortes provocadas pela polícia. Segundo reportagem da Folha, entre janeiro e outubro deste ano, 697 pessoas foram mortas pela polícia em supostos confrontos. Em São Paulo, foram 388 mortes entre janeiro e setembro.
5. Governo admite vulnerabilidade das fronteiras
Estudo elaborado pelo Ministério da Integração Nacional revela a forte presença do tráfico de drogas e do contrabando na região de fronteira do país. De acordo com reportagem do Estadão, a pesquisa propõe 34 medidas, incluindo reforço de segurança e medidas para atrair profissionais. Entre as prioridades está o aumento de infraestrutura de transporte rodoviário, ferroviário, hidroviário e aéreo na faixa de fronteira, especialmente nas isoladas áreas da região Norte do Brasil.
6. Futura ministra fala de aborto e diz que não vê “como obrigar alguém a ter um filho”
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo a futura ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, disse que não vê “como obrigar alguém a ter um filho que ela não se sente em condições de ter. Ninguém defende o aborto, é respeitar uma decisão que, individualmente, a mulher venha a tomar.” Conhecida militante de direitos humanos, a declaração de Iriny toca num dos pontos mais explorados durante a disputa eleitoral. Para ela, o papel do governo federal na questão é cumprir a lei, e cabe ao Congresso definir políticas públicas.