“Quem defende o socialismo e a liberdade não pode temer a vontade popular. Mesmo que minha posição seja minoritária [dentro do PSOL] defenderei até o último momento a necessidade de ouvir o povo”.
Síntese da mensagem da Senadora paraense:
“Nos últimos dias tem havido a divulgação de informações inverídicas sobre a posição do PSOL diante da divisão do estado do Pará. Na quinta-feira a Câmara dos Deputados aprovou a realização de um plebiscito para que a população do estado opine sobre a criação de dois novos estados, a saber: o estado do Tapajós (na região oeste) e do estado de Carajás (na região sul e sudeste). A primeira proposta (PDC 731/00), que trata do plebiscito para a criação do estado de Tapajós, deverá retornar ao Senado por ter sido alterada na Câmara. Já a segunda proposta aprovada (PDC 2300/09), que prevê a realização de plebiscito para a criação do estado de Carajás, não foi alterada na Câmara e segue para a promulgação.
O PSOL, desde o início, e em consonância com sua tradição democrática, defende o aprofundamento da discussão. Particularmente sou a favor da realização do plebiscito, embora contrária à divisão. Não creio que se trate de uma questão de princípios, mas da discussão concreta de cada caso. Há, no Congresso Nacional, pelo menos 11 projetos que criam novos estados. No caso do Pará a discussão reflete o profundo abandono a que está submetido o povo paraense. Quase 1,5 milhão de miseráveis, saúde caótica, infraestrutura precária, educação em frangalhos e insegurança generalizada, não poderiam gerar outra reação. Os governos do PSDB e do PT relegaram o povo do interior ao mais profundo descaso, o resultado não poderia ser outro..."