quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sarney e Collor não querem revelar segredos de seus mandatos, diz OAB

Fernando Collor e José Sarney
Ophir Cav­al­cante, pres­i­dente da Ordem dos Ad­vo­gados do Brasil (OAB), criticou nesta terça-feira, 30, a de­cisão da pres­i­dente Dilma Rousseff de mudar o pro­jeto da lei de acesso à in­for­mação pública. Aten­dendo a pe­didos dos ex-pres­i­dentes José Sarney (PMDB-AP)e Fer­nando Collor de Mello (PTB-AL), hoje se­nadores, o novo pro­jeto per­mi­tirá que os doc­u­mentos per­maneçam em seg­redo por tempo in­definido. Houve também lobby do Min­istério da De­fesa e do Ita­ma­raty para a mu­dança do pro­jeto.
De acordo com nota da OAB, Ophir re­cebeu a de­cisão do gov­erno com per­plex­i­dade, já que a posição do PT sempre foi a favor da aber­tura dos ar­quivos. 'La­mento que o recuo de Dilma esteja ocor­rendo em razão de pressões pes­soais por parte dos ex-pres­i­dentes da República José Sarney (PMDB-AP) e Fer­nando Collor de Melo (PTB-AL), que não querem rev­elar doc­u­mentos se­cretos de seus mandatos', disse. Para Ophir, esse recuo do gov­erno, com o sigilo dos ar­quivos, pode indicar uma manobra para que em um fu­turo próximo não sejam di­vul­gados os ar­quivos e doc­u­mentos das duas gestões de Lula. Se­gundo o pres­i­dente da OAB, a afir­mação de Sarney de não reabrir feridas do pas­sado deve ser rechaçada. 'A história pre­cisa ser con­hecida e não tenho dúvidas de que quem perderá com isso tudo será a ci­dadania deste país, que terá ve­tada a pos­si­bil­i­dade de acessar a sua história'.(Fonte: OAB/Brasil)