Esta semana promete ser um divisor de águas na campanha do plebiscito sobre a divisão do Pará a ser realizado no dia 11 de dezembro. Na próxima sexta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral realizará uma audiência onde promete esclarecer as dúvidas dos responsáveis pelas campanhas. Caravanas de todo o Pará devem ir a Brasília para discutir os detalhes da votação. “O TSE vai estabelecer os critérios para a campanha. Pode ter 200 frentes, mas tem que ter regras para se credenciar junto ao tribunal”, diz Zenaldo Coutinho.
Até agora nenhuma das
frentes, mesmo as já lançadas, se registrou no TRE. Ainda há dúvidas
sobre as exigências para a composição. “Não queremos fazer o registro e
depois ter que refazer”, explica Coutinho. “Vamos verificar se cada
parlamentar pode participar de apenas uma frente ou se pode estar em
duas”, explica o deputado Giovanni Queiroz, que comanda o movimento pela
criação de Carajás.
O prazo para que as
frentes se registrem termina no dia 2 de setembro, e no dia 13 já poderá
começar a campanha nas ruas. O horário eleitoral gratuito no rádio e na
TV, contudo, só estará disponível dia 11 de novembro. Todos apostam que
é ele quem vai definir a questão. Mas, enquanto isso, os bastidores
estão aquecidos.
Amanhã, Coutinho reúne
com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral. Vai cobrar medidas
contra abuso de poder econômico e pedir atenção para possível
transferência fraudulenta de títulos. Na quinta, as frentes pró-Carajás e
Pró-Tapajós fazem evento na Câmara Federal.
Embora no sul e oeste
paraense já haja uma grande movimentação, na região que contém a maior
parte dos eleitores – e que em caso de divisão se tornará o Pará
remanescente – a campanha só deve aquecer mesmo em meados de agosto.