quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Jornal Ö Impacto"denuncia:

Bertolini desmata área e constrói ponte de concreto

Segundo lideranças comunitárias e moradores do bairro, além da ponte de concreto que foi construída, a empresa ainda esnobou, destruindo dois hectares de mata

Ponte de concreto construída sobre o Igarapé do Irurá
Uma história mais incrível do que essa, só mesmo se um avião Boeing, de grande porte, com toda a tripulação fosse roubado, e o ladrão alegasse que escondeu o mesmo no bolso da calça ou na carteira porta cédulas, para escapar do flagrante. Caso semelhante aconteceu no bairro da Matinha, em Santarém, Oeste do Pará, onde uma ponte de concreto de 600 metros de comprimento foi construída pela empresa de transportes Bertolini, às margens da Rodovia Santarém-Cuiabá, no km 4,5 no bairro da Matinha.
Segundo lideranças comunitárias e moradores do bairro, além da ponte de concreto que foi construída, a empresa ainda esnobou, destruindo dois hectares de mata, praticando crime ambiental de maneira mais que explícita. Só as autoridades que deveriam cuidar do meio ambiente, as Ongs e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente não souberam do caso desolador.
Procurado pela equipe de reportagem do jornal O Impacto, o procurador jurídico do Município, Dr. Isaac Lisboa, tentou explicar que a empresa Bertolini possuía Licença para trabalhar na área degradada, mas não para destruir a área que foi desmatada, onde inclusive está localizada uma Serra. Além disso, a área ambiental criminosamente invadida e violentada pela empresa Bertolini, fica às margens do igarapé do Irurá, onde existe mata ciliar.
Se autorizada ou não pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o caso é que a ponte de concreto foi construída. Como uma obra desse porte foi feita sem ninguém pelo menos desconfiar? Eis a questão.