O pronunciamento da D. Dilma, foi o pontapé inicial na campanha presidencial de 2014.
A presidente estava num "corner" do ringue, enfrentando diversos oponentes. À crescente insatisfação de alguns petistas com a sua gestão, somava-se o "assanhamento" de aliados (como o PSB) que se atreviam a lançar o nome de possível postulante ao Planalto e o fato de que os tucanos já se preparavam para colocar o time em campo, lançando o nome de Aécio.
Do seu lado, amparando as suas mãos, firme e forte, apenas o PMDB, leal companheiro de todos os governantes nas horas do Poder.
Ela então antecipou-se, enquadrou a todos, e propôs uma narrativa para os fatos. Sai em vantagem, se os adversários não conseguirem mudar o tom da história, se disputarem a batalha no campo que ela escolheu. Pois na Política (como no Direito) a Linguagem, a estratégia de comunicação, são fundamentais.
E ontem no quesito comunicação ela foi perfeita: emotividade, oratória sábia e manipulação sutil.
E detém o "Carisma" do Poder: a caneta cheia de tinta de quem imprime o Diário Oficial, nomeando, demitindo, concedendo benesses ou distribuindo maldades.
