terça-feira, 28 de maio de 2013

Mário Gomes: Presídio é uma fábrica de bandidos

Penitenciária de Cucurunã é uma fábrica de bandidos

O cidadão Mário Gomes, presidente do Centro Comunitário do Bairro São José Operário, procurou o blog Quarto Poder para denunciar a situação caótica nas dependências do Centro de Recuperação Agrícola ‘Silvio Hall de Moura’. Segundo ele, o presídio de Cucurunã é uma fábrica de bandidos, pois aquela casa penal não segue seus princípios quando se propõe recuperar os presos e reinseri-los à sociedade. A maioria dos detentos sai de lá mais perigoso de quando entrou para cumprir sua pena pelo crime que cometeu.
Mário faz afirmação com base no que acompanha toda vez que visita a penitenciária, todos os finais de semana. Ele tem um parente cumprindo pena no CRASHM e conhece bem a realidade dos apenados. Para ele, o Estado é o principal responsável pelo caos que se estabeleceu nos presídios paraenses, sobretudo, na penitenciária de Cucurunã. Mário faz graves acusações com relação ao tráfico de drogas dentro do presídio. De acordo com ele, a facilidade com que os presos conseguem o entorpecente impressiona a família dos detentos.
Ele contou que toda vez que vai visitar o seu parente presencia o comércio e consumo de drogas em praticamente todos os pavilhões. Além disso, Mário denunciou que muitos são obrigados a se viciar e quem se nega, é agredido pelos chefes do tráfico. O próprio Mário já comunicou à direção do presídio, porém, nada foi feito para acabar com essa prática criminosa dentro daquela casa penal. O cidadão também formulou denúncia à Ordem dos Advogados do Brasil e Ministério Público. Todos, portanto, são conhecedores desses fatos que ocorrem no interior do centro de recuperação.
Ele também denunciou que existem casos de presos que são vítimas de extorsão pelo companheiro de cela. “Além de dinheiro, os presos mais perigosos tomam tudo do preso, inclusive materiais de higiene pessoal. Tudo vira moeda de troca dentro da cadeia”, contou.
Mário faz outra denúncia. Desta vez contra parentes de presos que, segundo ele, facilita a entrada de drogas, celulares, chips e dinheiro. “Não são todos, mas a maioria dos familiares contribui com essa prática delituosa. Tem pessoa que leva droga dentro do tubo de pasta (creme dental). Os agentes prisionais têm conhecimento dos métodos usados pelos traficantes para entrar com droga na cadeia, mas ninguém faz nada para impedir o tráfico no presídio Silvio Hall de Moura”.