A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTARÉM, prestou na manhã desta terça-feira, 29 de outubro, uma bela e justa homenagem em razão da passagem dos 50 ANOS DE EXISTÊNCIA DA FILARMÔNICA MUNICIPAL PROFESSOR JOSÉ AGOSTINHO. A autoria da proposta foi do Vereador MAURÍCIO CORRÊA(PSD).
Um breve
histórico da Banda Filarmônica Mun. Prof. José Agostinho
Santarém, que já chegara a possuir até três bandas
de música, simultaneamente, e isto quando a cidade era muito menor, não tinha
desde a diluição da Filarmônica Santa Cruz, de Frei Ambrósio, nenhum outro
conjunto musical do gênero, isto por um longo período de aproximadamente 27
anos. Quando se fazia necessária a participação de uma banda de música em uma
festa cívica ou religiosa, durante esses 27 anos, arrebanhavam-se os músicos
remanescentes e organizava-se um conjunto somente para a ocasião, para ser logo
mais dissolvido. E isso era muito constrangedor para uma cidade que tinha
tradição de bandas musicais desde o século XIX.
Em 1963, contando com o apoio do então prefeito
municipal Dr. Everaldo Martins, os irmãos Wilson e Wilde Fonseca, coadjuvados
pelos sargentos do Tiro de Guerra 190 João de Deus Damasceno e Raimundo
Bittencourt, fundaram a Banda de Música “Professor José Agostinho”, que
realizava seus ensaios semanais na sede do Tiro de Guerra 190
Por mais de 30 anos a banda manteve-se graças ao
idealismo de seus componentes e a inconfundível liderança de Sebastião Nogueira
Sirotheau a quem devemos muito.
Por vários prefeitos municipais a banda foi
regulamentada, mas tudo não saiu do papel. Foi graças a um apelo do Padre
Valdir Soares Serra que o prefeito Ronan Liberal Lira, a partir de janeiro de
1990, determinou o cumprimento das leis então existentes que regulamentavam a
banda, tornando-a de caráter oficial. E isto vem sendo cumprido até nossos
dias.
Hoje, a Filarmônica conta com apreciável número de
músicos jovens, inclusive do sexo feminino, tocando ao lado com os músicos
veteranos.
Queremos aqui, lembrar com saudade, dos que já
partiram para a eternidade, ao longo destes 45 anos: Manoel Almeida (Dudu) e
seu filho Emanuel, o Manduca; Perílio Cardoso da Silva, Carlos Castro, Adalgiso
Paixão e seu irmão Firmino, Elias Sardinha, Rafael Santana, Paulo Bentes,
Nicanor Barbosa, Antônio Norberto, Mário Nascimento, Geraldo Peloso, Euclides
Ramos, Manoel Viana Lima, que serviram com amor e dedicação, por longos anos, a
então Banda Prof. José Agostinho. E, acima de tudo, sentimos ainda imensa
saudade de nosso Maestro Wilson Fonseca, carinhosamente chamado por todos de
Maestro Isoca, há poucos anos falecido, de quem ainda sétimos a forte presença
através das músicas que compôs e das que instrumentou para nós ao longo destes
anos. Maestro Isoca, “ Requescat in pace” e de seu irmão Wilde Fonseca (
Dororó) – 43 anos. Atualmente a Filarmônica Municipal vem passando por
processo de mudança e amadurecimento musical a 7 anos sob a regência do neto do
Maestro José Agostinho (João Paulo) que
busca constantemente a perfeição para a execução das obras, agregando fatores psicológicos e
emocionais dos instrumentistas, assim como de técnicas de liderança e do
conhecimento dos instrumentos para alcançar seu objetivo maior que é a eficácia
no desempenho da banda como um todo.
Em dezembro de 2008 a Câmara Municipal de Santarém,
outorgou o título honorífico de Honra ao Mérito a Filarmônica Municipal pelos
relevantes serviços prestados ao município. Isso prova que o sentido dos
dizeres “fazer musical qualitativo” faz menção ao conceito de qualidade, sendo
este aqui concebido como “realização eficaz de ações”. Um bom desempenho de
qualidade em determinada operação propicia não apenas levar à satisfação de
consumidores externos, em nosso caso, público interno e externo. Também
viabiliza com mais eficácia a vida das pessoas envolvidas na operação. Baseado
nessa perspectiva, a Filarmônica Mun. Profº José Agostinho, fundada em 4 de
setembro de 1963, nos seus 50 anos vem desenvolvendo e contribuindo para o
conhecimento cultural em nossa cidade.