Cerimônia foi realizada na sexta-feira (28) no Fórum de Santarém
As duas ainda preferem não se expor publicamente e mantém seus nomes em sigilo
As duas ainda preferem não se expor publicamente e mantém seus nomes em sigilo, mas permitiram que fossem divulgadas suas iniciais: F. C. D. S. e L. C. D. S., ambas com 22 anos. “Foi uma opção nossa e nos dias de hoje tem que ser considerada normal”, diz FCDS, ao afirmar que as duas tem o apoio da família, mas ainda temem a discriminação da sociedade.
Elas entraram com processo para realizar o casamento há cerca de um mês e tiveram parecer favorável da promotora de Justiça, Dra. Dully Sanae Araújo Otakara. “Soubemos que um outro casal homoafetivo havia tentado se casar antes de nós, mas parece que a Promotora ou Promotor que analisou o caso deles não foi favorável. Pra nossa sorte a Promotora que analisou nosso caso, não criou barreiras”, diz aliviada.
O juiz da 1ª Vara Cível, Dr. Valdeir Salviano da Costa, se tornou, também, pioneiro por realizar o casamento das duas jovens em Santarém. Aos 54 anos, o Juiz que é goiano e vive há 9 anos no Pará, diz que o direito tem que se adequar aos fatos. “O CNJ determinou, inclusive, que todos os juízes realizem casamentos de cidadãos homoafetivos que desejem consolidar suas relações”, diz ele.
O magistrado se sente orgulhoso de mais uma vez contribuir com um evento histórico na região Oeste do Pará, já que no ano passado esteve na instalação oficial do 144º Município paraense, Mojuí dos Campos, que também pertence à Comarca de Santarém.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/TJPA
