quinta-feira, 5 de junho de 2014

DEPUTADO MAIA DECIDE ALIANÇA COM HELDER OU...

MOMENTO DE DECISÃO - LIRA MAIA DECIDE ALIANÇA COM HELDER

E o DEM decidiu o seu rumo eleitoral nas próximas eleições no Pará. 
Fechou com o PMDB.
A história é comprida, mas vale a pena ser contada.
Irei postando em segmentos, tenham paciência e sigam atualizando a página do navegador para mais detalhes 
O DEM sempre esperou ser tratado de forma adequada ao seu potencial eleitoral.
Não era segredo que o deputado federal Lira Maia contava que seria chamado para uma conversa com o "gov" Jatene.
Pleiteava de forma legítima e leal o lugar de vice, pelo seu valor político e experiência pessoal, principalmente.
Mais não fosse, pelo fato do eleitorado do Baixo-Amazonas ser fundamental para o projeto reeleitoral tucano.
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+
Primeiro esperou de pé por uma convocação do "gov".
Depois esperou sentado.
Só recebia recados, tipo "não isquenta", "te acalma", "vamos conversar", etc.
O "gov" habilidoso como sempre, na manha, estava cozinhando o galo.
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+
Bom, paciência tem limite. Político não pode ter nariz furado, ser puxado pra lá e pra cá como boi manso.
Tem que ter postura e firmeza.
Há umas três semanas Lira Maia conversou sério com o deputado Megale, líder do PSDB.
(São muito amigos, ambos de origem no extensionismo rural e na política agrícola. Trabalharam juntos no governo Hélio Gueiros, um como secretário de Agricultura, o outro na Emater, com excelentes resultados)
Comunicou que aguardaria uma definição até o dia 30 de maio. Depois disso se sentiria liberado para tomar o rumo que achasse melhor. 
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+
Bom, depois disso o próprio Megale, muito preocupado, entrou firme no circuito.
Uma oportunidade ideal para uma conversa de longo curso se apresentou. Seria na viagem a Paris.
Uma sortida comitiva do governo do Estado compareceria na Cidade-Luz para receber a tal certificação negativa de febre aftosa. O deputado Lira Maia estaria presente na mesma conferência, representando a Câmara Federal.
Que ocasião melhor para conversar! Espíritos desarmados à beira do Sena, longe dos problemas do dia-a-dia, com bons vinhos e acepipes deliciosos estimulando as ideias, velhos amigos acertando os ponteiros, não é mesmo?
Paris vale uma missa, é um antigo ditado.
Mas não valeu nem uma conversa entre o governador e o deputado. O contato entre eles durou poucos minutos.
O governador, simpático e amistoso, cumprimentou-o, "cabôco, que felicidade te encontrar", tapinhas efusivos nas costas, etc. Mas foi só, cinco minutos juntos. E no jantar que ofereceu a comitiva, em comemoração ao "triunfo" gaulês dos nossos pecuaristas, o deputado sequer estava na lista de convidados.
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+
No retorno ao Brasil, nova chance.
Esperava-se uma conversa em Brasília, após a audiência de Jatene com o ministro dos Transportes, César Borges, para tratar de estudos que estão sendo feitos pelo governo federal para melhorar a logística de transportes na Rodovia BR-163.
Na audiência estavam, entre outros, o governador, o senador Flexa Ribeiro e os deputados federais Lira Maia e Miriquinho Batista, além do prefeito de Santarém, Alexandre Von.
Após a reunião, seria lógico e esperado que, enfim, as partes interessadas conversassem.
Mas, que nada!
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+
De repente, toca o telefone do gabinete do deputado Lira Maia.
Era o presidente nacional do DEM, José Agripino Maia.
Relatou ao deputado santareno que do lado de fora de sua sala se encontravam o governador do Pará e o senador Flexa Ribeiro. Completou, "vou recebê-los, ver o que eles querem, e já te ligo".
Exatamente três minutos depois, novo contato.
José Agripino conta que o "gov" iniciou uma conversa de "cerca-lourenço" e coisa e tal, "sabe como é, queremos o apoio de vocês".
O senador potiguar, firme e resoluto como todo filho de Mossoró, cortou o papo-furado e comunicou: "a decisão do Pará está nas mãos do nosso deputado Lira Maia, o que ele quiser, será feito e terá o apoio do DEM nacional".
E aduziu: "governador, sinceramente, nós do DEM estamos ainda traumatizados pelo que aconteceu em 2010".
Referia-se às tratativas dos tucanos que não chegaram a bom termo com o então presidente do DEM, deputado Vic Pires Franco e a vice-governadora Valéria Pires Franco.
Desde o início deste "jogo-de-empurra" com o deputado Lira Maia, o DEM nacional via muitas semelhanças no que estava acontecendo em 2014, com o ocorrido no processo de coligação de 2010. A mesma "técnica" de gastar o tempo, deixando o relógio correr e os prazos políticos se esgotarem, enquanto promessas e acordos não eram cumpridos.
Tudo para provocar o fato consumado, encurralando o aliado e o deixando sem alternativa.
De novo, não! Esta era a posição do DEM.
O meu amigo Flexa e o "gov" saíram de lá quietos. A tentativa de "by-pass" não havia dado resultado, não teriam suporte da executiva nacional do DEM para impor uma solução "de cima para baixo" à seção estadual do partido
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+
Lira Maia iniciou nos últimos dias contatos com amigos, correligionários e apoiadores.
Todos manifestaram que apoiariam o que ele decidisse.
Avaliando o quadro posto, em especial a tentativa de "by-pass" que sofreu, comunicou hoje ao deputado Márcio Miranda, presidente da Assembleia, que iria apoiar Helder Barbalho.
O castanhalense explodiu, "assim não vai ser possível, eu estou com a garantia que no próximo governo serei o presidente da Assembleia de novo". Completou, "neste caso, eu e o Hélio Leite nos desfiliaremos do DEM e não seremos candidatos a mais nada"!
Lira Maia respondeu: "fiquem à vontade, façam o que acharem melhor".
(Bom, eu nunca vi político abrir mão de mandatos ou se enforcar por "princípios". Assim esta ameaça me parece um pouco vazia. E, "pera lá": onde fica a promessa feita a combativa deputada Cilene Couto de que ela seria a próxima presidente da nossa Casa de Leis? Só perguntando...)
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+
Aguarda-se para amanhã uma comunicação "oficial".
Sabe-se que em Política o quadro de hoje, muda totalmente amanhã.
Estão se movendo neste momento céus e terras para tentar encontrar uma "solução".
Mas quem dirige um processo político tem que demonstrar clareza nos objetivos, firmeza e capacidade nas decisões. Ser líder é isso.
Vacilou, dançou.
A Política é arte, mas não é "artistagem".
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+
Uma eleição que estava até calma para a "situação", tornou-se extremamente competitiva.
Que façanha!
E, "c'est fini", por hoje. Poderemos estar de volta a qualquer momento, em boletim especial.
+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+=+
O anúncio oficial do "habemus vice" pelo PMDB deverá ficar para o fim de semana.