Polícia Rodoviária está agindo arbitrariamente
A denúncia foi feita pelo empresário Alberto Batista de Oliveira, presidente da ACES
Depois da Polícia Rodoviária Federal
(PRF) determinar a proibição de estacionamentos de veículos no trecho
urbano da rodovia Santarém-Cuiabá (BR-163), entre o viaduto da Fernando
Guilhon e o porto da Companhia Docas do Pará (CDP), comerciantes e
demais empresários da área reclamam de inúmeros prejuízos.
Motoristas que deixam seus veículos
nesses locais estão sendo multados, após a PRF intensificar o combate a
estacionamentos irregulares na Avenida Cuiabá. Segundo a PRF, o
estacionamento em toda a extensão da BR-163 é proibido e, que um estudo
foi feito em 2013 para identificar os pontos com maior incidência da
infração.
De acordo com o Código Brasileiro de
Trânsito, não se pode estacionar nos acostamentos das rodovias federais.
A multa prevista é de R$ 50 e a perda de três pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH). Caso o local esteja sinalizado com a
placa de proibição, a multa é de R$ 85 e a perda de três pontos na CNH,
mais a remoção do veículo.
ACES CHAMA MEDIDA DE ARBITRÁRIA: Para
o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES),
Alberto Batista de Oliveira, se torna importante frisar que antes de ser
uma rodovia federal, no local, já existia uma avenida, com grande
movimentação do ponto de vista comercial. No local, segundo ele, existem
hoje, aproximadamente 170 empresas, onde há lojas de material
construção, agências bancárias, auto-escolas, restaurantes, pizzarias,
sorveterias e lanchonetes, que geram centenas de empregos, se
consolidando como uma parte significativa da economia de Santarém.
“Essa medida entendemos que é
arbitrária, porque não foi feito um acordo em nenhum momento com os
empresários e a população de Santarém por parte da PRF, que está
inibindo o comércio”, declarou Alberto Oliveira.
O empresário Alberto oliveira ressalta
que esteve reunido na terça-feira, 15, com a titular da Secretaria
Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMMT), Heloísa Almeida, onde
solicitou que a Prefeitura tome para si o compromisso e a
responsabilidade, através da municipalização do trânsito da Avenida
Cuiabá.
De acordo com ele, fazendo isso, como o
que já acontece em outras cidades do Brasil, onde as rodovias federais
cortam os municípios, havendo a municipalização vai ser possível
disciplinar o trânsito na Avenida Cuiabá, abrindo espaços para
estacionamentos, sem que venha causar qualquer prejuízo para a
população, nem para os veículos que ali trafegam.
“O impacto negativo dessa ação da PRF é
muito grande e muito significativo não apenas para os empresários, mas
para toda a população, uma vez que existem muitos comércios que atendem
as nossas necessidades e, que estão localizados às margens da Avenida
Cuiabá”, declarou o presidente da ACES.